A Premier League, que é a principal competição da Inglaterra, é a mais valiosa do mundo. Por isso, acredita-se que os clubes ingleses sejam os mais ricos também. Porém, nem sempre isso é verdade. Entre os clubes mais ricos temos espanhóis, alemães, franceses e italianos.
Mas, qual é a ordem deles? Muito mais do que avaliar o primeiro, o segundo e o terceiro colocado, uma boa ideia é a gente pensar em quem mais ganhou posições e quem mais perdeu. E outra coisa: as 3 primeiras posições pouco mudaram desde os tempos antigos.
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Uma história dos clubes mais ricos do mundo
Acredita-se que foi por volta de 2008 que os dados começaram a ser mais exatos sobre a riqueza de um clube de futebol. Isso porque a Forbes começou a considerar estudos mais precisos e a informação chegou com mais facilidade na imprensa e em toda mídia.
Assim, o valor começou a ser mensurado a partir de transações, valor de mercado, dívida e até mesmo estádio. E de um ano para outro foi possível descobrir as porcentagens de ganhos. Além de considerar as receitas também. Por isso, fizemos um histórico.
A gente selecionou aqueles estudos que mais foram publicados desde 2008. Mas, não vamos seguir uma sequência ano a ano. A ideia é apenas mostrar algumas mudanças que vieram com o tempo até chegarmos no ranking da temporada de 2019, que é o último publicado.
O clube de futebol mais rico em 2008
Quem venceu a lista nesse ano foi o Manchester United, da Inglaterra. Só que, curiosamente, em termos de receita, o clube inglês perdeu para o Real Madrid, da Espanha. Já na terceira posição daquele ano, a gente contou com o Arsenal, que também é inglês.
E a lista ainda passa pelo Liverpool, que é outro da Inglaterra. Depois, o Bayern de Munique, da Alemanha e o Milan, da Itália. Fechando as 10 primeiras posições tivemos: Barcelona (Espanha), Chelsea (Inglaterra), Juventus (Itália) e Schalke 04 (Alemanha).
O clube de futebol mais rico em 2011
Alguns anos depois, saiba que pouca coisa mudou. Ainda mais quando a gente considera as 10 primeiras posições do ranking: Manchester United, Real Madrid, Arsenal. Porém, algumas ordens são trocadas.
Na sequência, vieram os clubes Bayern de Munique, Barcelona, Milan, Chelsea, Juventus, Liverpool e Internazionale. Ou seja, o Schalke 04 saiu da lista e o Inter, que é da Itália, entrou na competição de clube mais valioso.
O clube de futebol mais rico em 2014
Após 3 anos, a gente teve algumas mudanças bastante significativas. O Real Madrid passou a ser o clube mais rico do mundo. E o Barcelona deu um salto, vindo na sequência. Assim, o Manchester United caiu para a terceira posição.
Na listagem entre os 10 primeiros, a gente ainda via os nomes de Bayern de Munique, Arsenal e Chelsea. Porém, na 7ª posição aparece uma novidade: Manchester City, que é outro da Inglaterra. Milan, Juventus e Liverpool fecharam a lista daquele ano.
O clube de futebol mais rico em 2018
O que mudou entre 2014 e 2018? O Manchester United voltou ao topo. E o Real Madrid e o Barcelona vieram na sequência, assim como o Bayern de Munique, o Manchester City, o Arsenal, o Chelsea, o Liverpool e a Juventus.
A mudança mais significativa vem com o nome de Tottenham Hotspur, que também é inglês e apareceu na 10ª posição, deixando para trás nomes como os consagrados Schalke 04, Internazionale e até mesmo o PSG, que surpreende por não estar entre os 10 primeiros.
O clube de futebol mais rico em 2019
Agora, como a gente não tem os dados atualizados pela Forbes para 2019, nós vamos usar outro estudo, feito pela Deloitte. Eles divulgaram um ranking que considera a temporada que se inicia em 2018 e vai até 2019.
Assim, os primeiros colocados se mantêm, porém, em outra ordem. O “Football Money League” classifica a ordem composta por Barcelona, Real Madrid e Manchester United. Depois, vem o Bayern e a novidade é o Paris Saint-Gemain, o famoso PSG, da França.
Já o restante da lista tem vários nomes que já citamos aqui: Manchester City, Liverpool, Tottenham Hotspur, Chelsea e Juventus.
Outras curiosidades com base no último ranking
O curioso é ver como o Arsenal, o Internazionale, o Schalke 04 e o Milan caíram muito no ranking – desde o ano de 2008. E tem mais, enquanto o Arsenal caiu o seu principal rival local, o Spurs, subiu na tabela. O que prova que a participação na Liga dos Campeões tem peso.
Aí, se a gente considera um top 20 a gente tem mais um monte de observações. Por exemplo, o Milan ficou fora dele pela primeira vez. Enquanto isso, Lyon, que é da França e o Napoli, que é da Itália, entraram na listagem dos 20 mais ricos do mundo no futebol.
E quando a gente estende a lista para os 30 clubes mais ricos do futebol, a gente vê que apenas Ajax (Holanda), Benfica (Portugal), Zenit (Rússia) e Porto (Portugal) não são das maiores Ligas da Europa (Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França).
Mais nomes de clubes ricos
Alguns clubes também são ricos, porém, não entram no top 10 ou acabam sendo pouco citamos por navegam muito entre uma posição e outra. Ainda assim, conseguem se manter na lista que considera os clubes de futebol mais ricos do mundo.
Por exemplo, o Borussia Dortmund (Alemanha), o Atlético de Madrid (Espanha), a Roma (Itália), o West Ham (Inglaterra), Celtic (Escócia), Deportivo La Coruña (Espanha) e o Everton (Inglaterra). Ah, além do Los Angeles Galaxy (Estados Unidos).
Os clubes que tem por trás magnatas (empresários ricos)
Mais para o fim do texto, a gente optou por trazer uma espécie de curiosidade. Primeiro porque tem muitos clubes que não foram citados na lista acima, mas possuem por trás um grande poderio financeiro, que vem dos seus donos ricaços.
Um segundo ponto é que, curiosamente, nem sempre se trata de empresários apaixonados por futebol, mas sim que visam ao lucro. Essa é uma ideia que tem ficado muito clara quando se considera clubes de países menos expressivos no futebol, como os Estados Unidos.
Sendo assim, sendo norte-americano ou não, a gente vai citar alguns clubes que merecem destaque, mesmo que não estão na lista dos clubes mais ricos do futebol, mas por terem por trás nomes de peso – ao menos, o peso da conta bancária. Confira!
Valerenga (Noruega)
É bem provável que você nunca tenha ouvido falar nesse nome. Mas, o clube norueguês tem o John Fredriksen como dono. E ele tem uma fortuna bacana, que fica acima dos US$ 9 bilhões.
O bilionário nasceu em Oslo, mas tem cidadania na ilha do Chipre. O motivo? Evitar os altos impostos noruegueses. Atualmente, mora em Londres e é fã de futebol. Em 2003, comprou quase todos os clubes da sua terra natal, pagando dívidas da maioria deles.
Spartak Moscou (Rússia)
O clube russo tem Leonid Fedun por trás. A fortuna do cara é de US$ 4,7 bilhões. Ele também comprou o clube em 2003. Curiosamente, ele é um russo da época da União Soviética, que sempre torceu para o Dynamo, um dos principais rivais do Spartak.
Curiosamente, ao assumir o compromisso com o clube ele prometeu que esse seria ou ficaria entre os 10 maiores da Europa. Infelizmente, parece que a promessa ainda não foi paga.
Rennes (França)
Quando se fala em França, você pensa logo em PSG, Lyon, Marselha, Mônaco e outros grandes clubes. Mas, raramente, se lembra do Rennes, né? No entanto, François Pinault tem na conta US$ 11,6 bilhões, sendo o 4º mais rico do país.
Ele controla mercados variados, como do futebol. Assim, é dono do Rennes e os torcedores estão aguardando ele dar uma guinada para as próximas temporadas.
Pachuca (México)
Na América do Sul também dá para encontrar alguns raros casos de ricos que são donos de clubes. Mas, o Pachuca é uma exceção que vale a pena citar. Carlos Slim é um rico de US$ 50,3 bilhões, sendo o mais rico da América Latina. Ele comprou o Pachuca em 2012.
E também comprou outros, como o Léon e o Real Oviedo. No entanto, parece que ele quer mesmo é continuar comprando mais e mais clubes, já que pensa no Once Caldas, da Colômbia.
Orlando City (Estados Unidos)
Flávio Augusto da Silva é um bilionário brasileiro que comprou um clube de futebol dos Estados Unidos. Isso aconteceu por US$ 110 milhões e a ideia dele é fazer do clube um grande.
Para isso, logo que entrou lá contratou o brasileiro Kaká e iniciou a construção de um novo estádio. Até aqui o clube vai bem, mas sem muita expressão além do seu país.
Leicester City (Inglaterra)
É isso mesmo, na Inglaterra também temos clubes que estão ganhando expressão porque receberam ótimos aportes. É o caso do Leicester, que tem por trás o Vichai Srivaddhanaprabha, com US$ 3,2 bilhões na conta.
O tailandês comprou o pequeno clube que estava na segunda divisão por menos de 40 milhões de libras. Ele é o fundador da King Power. E após a compra do clube entrou até para a lista de bilionários da Forbes.
Como os clubes de futebol ganham dinheiro
E vamos fechar o texto com uma dúvida que muito torcedor tem. Como é que um clube de futebol ganha dinheiro? Considere que há vários caminhos para isso, como a venda de ingressos, a venda de direitos para as transmissões de TV, a venda de símbolos.
No entanto, quando se fala em grandes clubes, como os que foram citados acima, a principal fonte de renda vem mesmo de prêmios em campeonatos e da publicidade. Assim, acaba sendo um modo de pagar salários altos e fazer novas contratações, por exemplo.