Você está pensando em comprar uma casa de luxo, uma mansão. Porém, não tem certeza se o banco vai financiar essa compra para você? A gente foi atrás da resposta e encontramos muito mais do que você imagina, viu.
Isso porque há sim uma resposta para a pergunta. O valor é milionário e vamos especificar. Porém, muito mais do que ter conhecimento sobre o valor máximo do imóvel, o interessante mesmo é você entender o que importa na hora de ser aprovado no pedido de crédito.
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O valor máximo de um imóvel no financiamento
Para saber qual é o valor máximo de uma casa para financiar, saiba que a gente precisa considerar uma coisa: o tipo de financiamento, o banco que vai financiar e o sistema de financiamento de imóveis também. Logo, não há uma regra geral para todo mundo.

Cada situação tem suas próprias características, condições, especificidade, diretrizes. Por isso, nós vamos apresentar, a partir do próximo tópico, os principais sistemas que existem no Brasil para quem querem financiar um imóvel.
SFH e SFI
A gente deixou esses dois pontos juntos porque eles são do Governo Federal. SFH é Sistema Financeiro de Habitação e SFI é Sistema Financeiro Imobiliário. O primeiro permite um financiamento de até 80% do imóvel e um valor máximo de R$ 1,5 milhão.

Já o outro permite financiar imóveis com valores acima disso. O que muda é que cada banco que aceita o SFI pode “escolher” um teto máximo para o valor do imóvel – assim como outras condições contratuais.
Agora, uma curiosidade é que ambos sistemas possuem taxas de juros máxima que não podem passar de 9,75% ao ano. Isso sem contar a Taxa Referência mínima, que é de 8,5% ao ano.
SBPE
O SBPE é o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. Ele também é usado como linha de financiamento de imóveis por meio do governo. Só que só permite o financiamento de até 50% do valor do imóvel em bancos como a Caixa.

Já no caso de instituições privadas, como Bradesco e Santander, existem condições melhores, que permitem um financiamento que pode chegar até a 80% do valor do imóvel.
FGTS
O FGTS é o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço. E esse tipo de financiamento que usa o FGTS é chamado de “linha pró-cotista”. Na prática, é outro contrato do Governo e que é oferecido aos beneficiários do FGTS.

Para usar o valor, é preciso ter ao menos 36 meses de trabalho no regime ou ao menos 10% do valor do imóvel como saldo contabilizado. Nesse caso, a gente tem um limite no valor do imóvel, que é de R$ 300 mil.
E olha que estamos falando de alguém que cumpre todos os requisitos para usar o FGTS na compra do imóvel próprio viu. O que quer dizer, por exemplo, não ter casa própria no nome, por exemplo.
Minha Casa Minha Vida
Também é legal de saber que o Minha Casa Minha Vida tem algumas regras diferentes. Aliás, tinha, pois o programa hoje foi substituto pelo Casa Verde e Amarela e teve algumas mudanças. De todo modo, algumas regras continuam valendo.

O fato é que raramente o valor do imóvel que é aceito no financiamento do programa do Governo passa dos R$ 225 mil. Em algumas cidades menores, ele fica abaixo de R$ 120 mil. Afinal, é um programa popular, que foca nas famílias de baixa renda.
O teto é R$ 3 milhões?
A verdade é que não se tem uma resposta única no mercado. Porque muito mais do que o valor do imóvel, o que importa para os bancos, na maioria das vezes, é a capacidade que a pessoa terá para arcar com as parcelas do contrato.

Porém, para quem busca uma resposta como curiosidade, saiba que em 2016 a Caixa Econômica Federal informou que aceitaria financiamentos de imóveis que custassem até R$ 3 milhões. E isso dobrou o valor que antes era de R$ 1,5 milhão.
Na época, os diretores do banco falaram em “medidas para famílias de classes de média e alta rendas”. Mas, então, além desse valor máximo, que é um teto, para financiar imóveis, o que mais importa nessa hora? Veja no próximo tópico.
As regras no financiamento de imóveis no Brasil
De modo rápido, saiba que a gente tem duas regras que vão dizer muito sobre a aprovação de alguém em um pedido de financiamento de casas. Obviamente, alguns processos são mais simples e outros mais burocráticos. De todo modo, há regras comuns.

A primeira é sobre o valor da entrada. É muito raro, praticamente impossível, encontrar algum banco ou instituição que financie 100% do imóvel hoje em dia. Portanto, saiba que o máximo que se consegue é 90% do total. O restante, 10%, fica por sua conta.
A segunda regra é sobre o pagamento da parcela, que não pode ser maior do que 30% da renda da família. E esse porcentual já inclui outros financiamentos ou empréstimos que o casal ou a família tenha no nome, viu. Então, essas são as regras.
A entrada e a parcela
Com base em tudo o que falamos acima, considere que pensando naquele imóvel de R$ 3 milhões, muito mais do que pensar no financiamento para realizar o sonho, você deveria saber se tem os 10% para dar de entrada e os 30% de renda para pagar as parcelas.

Por isso, a questão do valor do imóvel é importante, mas nem tanto. Do que adianta os bancos financiarem imóveis de mais do que R$ 3 milhões se a grande maioria dos interessados não vai ter condições de ser aprovado no pedido?
Então, apesar de matar a curiosidade sobre o valor máximo de um imóvel para que seja financiado por bancos, lembre-se das regras comuns no mercado quando o assunto é a compra parcelada dessas casas, apartamentos, mansões, etc.
Exemplo prático e barato!
Para que você entenda melhor isso, vamos citar aqui um rápido exemplo, de um valor bem menor e você vai entender a importância desses itens (entrada e parcela). Pense em um imóvel de R$ 299 mil. A entrada vai ser próxima dos R$ 60 mil na maioria dos bancos.

Além disso, estamos falando sobre financiar algo como R$ 239 mil e em um período máximo de 30 anos, certo? Então, a primeira parcela será de não menos do que R$ 2,2 mil e ela pode ir baixando até o fim. Mas, entenda a importância de ter a entrada e uma parcela alta.
Para essa entrada de R$ 2,2 mil a família teria que ter uma renda mensal de pouco mais do que R$ 7,5 mil e sem muito comprometimento com contas, né. Se o financiamento não for aprovado, uma saída é aumentar o valor da entrada, por exemplo e não do imóvel.
A renda também importa muito
E se você entendeu, de verdade, o texto até aqui vai ficar fácil matar essa charada. Muito mais do que saber o valor do imóvel máximo que o banco financia é considerar a sua renda familiar mensal. Não é mesmo?

Não adianta você ter uma renda de R$ 5 mil e querer um imóvel de R$ 1 milhão. Isso não faz sentido algum nem para você e nem para o banco. Para se ter uma ideia, famílias com rendas de até R$ 3 mil não vai ter um valor liberado muito acima dos R$ 90 mil, por exemplo.
E vamos ser sinceros, se você quer uma casa de R$ 1 milhão, então, o ideal é ter o dinheiro para comprar à vista e evitar os juros incluídos nas parcelas, que vão ser bem altos, né.
As taxas de juros para imóveis de até R$ 1,5 milhão
De fato, essa informação não é das mais recentes. Porém, importa para que você veja como funciona as taxas de juros, com base no SFH, para esse tipo de casa de luxo.

A Caixa tem a opção de cobrança de 4,95% e mais o IPCA para parcelamentos de até 360 meses. Ou uma taxa fixa de 9,5% para 420 meses. Ou seja, você vai pagar muito de juros, muito mesmo, viu.
Já outros bancos possuem taxas menores. O Banco do Brasil tem taxa de 7,95% para 420 meses, o Santander de 7,99% para 420 meses, o Bradesco de 7,3% para 360 meses, o Itaú de 6,9% para 360 meses.
A simulação do contrato e a análise de crédito
Por fim, saiba que mesmo sendo muito rico ou muito pobre, o processo será o mesmo. Você tem que simular o contrato habitacional para saber se terá condições de fazer esse tipo de empréstimo para comprar a casa própria ou uma área de lazer, por exemplo.
Após a simulação, você ainda passará pela análise de crédito que todo banco faz. E é aqui que você fica sabendo, na real, se tem mesmo condições de arcar com as novas parcelas ou não. O contrato só é assinado depois de todas as etapas importantes, como essas.