Relatório conclui que os mais ricos do mundo recuperarão perdas financeiras em tempo recorde

Em recente relatório da Oxfam, que analisa questões de desigualdades econômicas e sociais, foi concluído que os mais ricos do mundo terão possibilidades de recuperação de suas fortunas, igualmente afetadas pela recessão econômica em um prazo recorde.

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Serão mais ou menos nove meses para os mil super-ricos globais superarem suas perdas financeiras decorrentes da crise pandêmica. Enquanto do lado oposto, a população mais pobre deverá alcançar o mesmo status somente nos próximos 14 anos.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

No relatório que será divulgado com suas conclusões no fórum Econômico de Davos, na Suíça, nesta segunda-feira (25), o qual foi batizado de “Vírus da desigualdade” será repassado os detalhes sobre o que a diretora da Oxfam Katia Maia chamou de “escancaramento das desigualdades”.

Problemas da pandemia refletiram por anos entre os mais pobres

A pandemia trouxe consequências negativas em âmbitos sociais, da saúde e econômicas. Grande parte dos países já estão colhendo os piores frutos da recessão, principalmente os subdesenvolvidos, onde a retomada do setor deve ser gradual.

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O relatório produzido pela Oxfam somente confirma essa previsão, mas endossa ainda mais a questão ao atribuir a desigualdade como dificultador nesse processo. Em sua composição foram utilizadas como referências principais os índices da revista Forbes e Banco Mundial.

Uma realidade de desigualdade escancarada

Nos materiais de pesquisa, a organização revela um cenário um tanto preocupante e de disparidade, onde os mais ricos, ainda que com déficit em suas fortunas durante a pior fase da pandemia serão capazes de recuperar os seus patrimônios em um período recorde de nove meses.

A perda dessa categoria foi de aproximadamente 30% de suas fortunas. Na crise econômica de 2008, onde os mesmos também sofreram perdas consideráveis, a previsão foi menos otimista quanto à recuperação, que na ocasião estava prevista para 5 anos.

Acúmulo de riqueza de um lado e de pobreza do outro

Dentre um dos dados mais relevantes do relatório está a concentração e o aumento de riqueza dos mais ricos, que no período de março e dezembro de 2020 acumulou U$$ 3,9 trilhões, enquanto a pobreza mundial é de U$$ 11,95 trilhões, algo perto dos gastos despendidos pelas maiores economias do mundo contra a pandemia.

Segundo o documento, o capital acumulado apenas pelos 10 mais ricos (U$$ 540 bilhões) no período seria capaz de pagar pela vacinação global, garantindo diretamente que os  vulneráveis não sofram ainda mais com a doença e o desemprego.

“A pandemia escancarou as desigualdades – no Brasil e no mundo. É revoltante ver um pequeno grupo de privilegiados acumular tanto em meio a uma das piores crises globais já ocorridas na história”, declarou Katia Maia.

Para o ‘buraco’ do desemprego existe solução?

Entre os grandes desafios de superação econômica e das desigualdades derivadas se encontra na alta do desemprego durante a pandemia. A Oxfam estimou que meio bilhão de pessoas ao redor do mundo ou estão em situação de subemprego ou desempregadas.

Portanto, fica inevitável não supor que a pandemia terá um papel preponderante para reforçar e elevar a desigualdades. O que a organização adverte é que empresas e governos ajam com urgência para atenuar o máximo possível esse cenário.

Ainda enfatiza Katia Maia como proposta fundamental uma regulação de impostos temporários, com o intuito de taxar as maiores fortunas, auxiliando inclusive na possibilidade de financiamento de auxílios financeiros aos mais pobres.

Relatório conclui que os mais ricos do mundo recuperarão perdas financeiras em tempo recorde
Fonte: (Reprodução/Oxfam)

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References

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