Já ouviu falar que uma boa parte das novas empresas entram em falência antes mesmo de completar um ano de vida? Pois é. Agora, considere que nos últimos meses a gente viu no noticiário que empresas grandes, de vários anos, seguiram o mesmo caminho.
Os motivos são variados, mas sempre acabam sendo impulsionando pelas crises, como a pandemia que estamos vivendo agora. Você vai ver abaixo alguns desses casos que impressionaram muita gente. E acaba sendo um alerto para novos empreendedores também.
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As 10 grandes empresas de tecnologia que faliram
Aqui, o que temos são exemplos de grandes empresas do setor da tecnologia. Mas, que representam outros setores também.
A ideia é mostrar que mesmo quem está nesse setor se não tiver interesse em se modernizar e acompanhar as tendências pode ficar para trás. E em muitos casos, esse ficar para trás significa sim a falência ou os pedidos de recuperação judicial.
No fim, ainda teremos um tópico final citando empresas que tiveram problemas durante os últimos meses, da pandemia. Por isso, leia até o fim.
10 - Kodak
A gente vai começar pela Kodak porque muita gente já imaginava que em pouco tempo ela entraria em falência. O motivo é um só: foi uma das poucas empresas de tecnologia que não acompanhou as novas tecnologias e o mercado. E isso aconteceu de forma infeliz.
Para quem não se lembra dessa história, a Kodak chegou a ser dona de 80% das vendas de câmeras e de 90% dos filmes fotográficos na década de 1970. E foi ela quem “inventou” a câmera digital algum tempo depois.
A falência veio em 2012, ainda que a marca resista até hoje, com a tentativa de se manter no mercado. E não dá para negar que hoje em dia os celulares tomaram conta desse mercado de fotos. Por isso, o mesmo caminho está seguindo outras empresas, como a Go Pro.
9 - Atari
A Atari foi praticamente engolida pelos concorrentes. Estamos falando de uma marca que vem lá do Vale do Silício. A companhia foi uma das responsáveis por aquecer o mercado de videogames no mundo, especialmente após a década de 1980.
No entanto, de fato curioso, acabou “enterrando” muitas fitas que não foram vendidas para assumir o prejuízo. Com a recuperação do mercado, outras empresas tomaram a liderança, como a grande Nintendo.
A Atari até que resistiu, porém, sempre sem sucesso. Faliu, voltou, faliu, voltou e a atual fase da empresa é uma venda, que foi em 2008, para manter a marca viva. Porém, sem bons resultados como nos anos iniciais da sua vida.
8 - Blackberry
Aqui, o assunto começa a ficar ainda mais interessante. O motivo é que temos uma marca de celulares e eles são inovadoras até hoje. Então, por que a Blackberry não vingou? É isso que você vai descobrir nas próximas linhas.
Para quem não se lembra, a história inicial dela foi muito bonita, sendo contada como a “inventora” do smartphone no começo dos anos de 2000. Durante esses anos, a marca chegou a ter 50% do mercado de celulares dos Estados Unidos.
Mas, foi nesse mesmo ano, em 2007, que ele começou a despencar. Para quem não se lembra, aqui vem outro evento que marca essa infeliz história: o iPhone, o primeiro iPhone, foi lançado em 2007. Ele trouxe tecnologias que foram ignoradas pelo Blackberry, o que foi um erro.
7 - Palm
A Palm foi fundada 1992 e teve um valor de mercado que chegou a US$ 53,3 bilhões no ano de 2000. Mas, 11 anos depois declarou falência. Vamos tentar entender um pouco de como isso aconteceu. A empresa chegou em 2010 com ótimos projetos.
Ela tinha um hardware próximo a smartphones e software que permita rodar aplicações. Assim, havia uma grande expectativa de que ela estivesse entre as empresas líderes da tecnologia no mundo. No entanto, não foi isso o que aconteceu.
Assim sendo, sem sucesso, ela foi vendida para a HP em 2010. E como resultado, descontinuou o hardware e criou um novo software próprio, sem sucesso também.
6 - Compaq
A Compaq é uma das mais antigas que temos aqui. Ela é de 1982, sendo que teve um valor de mercado de US$ 40 bilhões no ano de 2000. Só que em 2013 também declarou falência.
Para quem não se lembra, nós vamos recordar: a empresa foi uma das principais vendedoras de computadores pessoais nos Estados Unidos. Ela perdeu números em 2002, quando a HP a adquiriu. Mais tarde, em 2013, não resistiu.
A marca deixou de existir porque deu prioridade aos equipamentos produzidos pela Hewlett Packard. O resultado é que hoje em dia a Compaq faz parte da história das tecnologias, mas somente no passado.
5 – BenQ
É uma empresa de Taiwan, que tem o nome de BenQ. E se juntou a Siemens AG, da Alemanha. Isso tudo foi em 2005. O resultado? Ela foi considerada a 6ª maior fabricante de celulares do mundo inteiro. E em 1 único ano, ela lançou mais de 30 modelos de celulares.
Mas, 3 anos depois, decretou falência. Isso foi na Alemanha e gerou um debate ético no país porque dizia que a união das empresas tinha a ver apenas com a tomada de posse das patentes.
Vale lembrar, porém, que mesmo valida, a empresa estampou 5 modelos de celulares no ano seguinte, sendo fabricados pela BenQ, que se separou da Siemens. O fim marcou o fim da fabricação de celulares e do setor e telefonia. A BenQ fabricou celulares até 2013.
4 - Blockbuster
A gente não poderia deixar de falar desse caso, não é mesmo? Se você nasceu próximo a década de 1980 vai saber muito bem do que estamos falando. Isso porque deve ter passado em alguma locadora para alugar filmes, certo?
A Blockbuster é uma companhia que “morreu” rapidamente. O motivo é simples: as pessoas deixaram de alugar DVDs para ver os filmes e as séries em novos formatos, através do serviço de streaming, tal qual temos a Netflix e a Amazon Prime Video.
E para piorar, em 2000, a Netflix quis comprar a marca, mas eles não aceitaram. Logo, saiu no prejuízo. E que prejuízo, né amigos. A empresa declarou falência em 2013, sendo que já vinha patinando ano a no. Atualmente, só uma única loja no mundo, que fica em Bent, no Oregon.
3 - Yahoo!
Esse é outro dos casos mais curiosos que tem porque estamos falando da Yahoo, que era um portal da internet muito famoso em 2005 e que chegou a valer US$ 125 bilhões. Mas, em menos de uma década chegou ao fim.
Isso aconteceu porque foi vendido para a Verizon, por apenas US$ 4,8 bilhões, algo bem menos do que o esperado ou estimado. Uma fração foi oferecida pela Microsoft, em 2008, quando a crise já havia sido instaurada.
Recentemente, a Verizon vendeu a sua parte, com Yahoo e AOL, por US$ 5 bilhões. E hoje essa parte fica com a Apollo Global Management. O que explica essa situação nada mais é do que erraram no posicionamento da marca, sem investir fortemente na inovação, como o Google.
2 - My Space
Aqui temos outro fato curioso e bem voltado para a internet. Ou seja, não é como a história da Kodak ou da Blackberry, mas é próxima a história do Yahoo. O My Space foi a primeira rede social dos Estados Unidos, que teve o fim rápido como do Orkut.
Isso porque ainda que fosse uma ideia inovadora, a rede social estagnou e não continuou inovando. Assim, quando o Facebook surgiu, com uma proposta muito mais dinâmica, ele tomou todo o espaço da internet, deixando o My Space para trás.
A marca foi vendida para um grupo maior depois e sumiu. Já o Face, como conhecemos hoje, vale mais de US$ 800 bilhões, sendo uma das empresas mais promissoras do mundo. Aliás, a Path é outra rede social, de 2010, que tentou concorrer com o Facebook, mas sem sucesso.
1 - Itautec
A Itautec foi uma empresa 100% nacional que se especializou em equipamentos de TI, automação comercial e bancária. Ou seja, é algo com ótimos olhos para o futuro, certo? No entanto, a companha, que tinha 5 subsidiárias, não foi para frente.
Chegou a ganhar prêmios e ser considerada a melhor fornecedora de soluções de tecnologia no setor financeiro em toda América Latina. Mas, em 2013, veio a bomba: a empresa encerrou as atividades e vendeu a sua parte maior para a Oki.
Já a unidade de computação, da marca Infoway, foi desativada.
As empresas que declaram falência na pandemia do Covid-19
Por fim, a gente vai mencionar aqui algumas empresas que podem não mais voltar a existir também. No entanto, como estamos falando sobre pedidos de recuperação judicial recentes pode ser que elas retomem suas atividades após a volta das atividades no mundo todo.
Entre elas, a gente destaca aqui as companhias de aviação Latam, Avianca e Aeromexico. Também dá para falar do Cirque du Soleil, da Hertz, da J. Crew e da J.C. Penny.