Muitas vezes, suspeitamos de que nossa vida financeira não está indo muito bem, mas como ter certeza? Uma forma de descobrir se você precisa investir em educação financeira é lendo este artigo, onde traremos 5 sinais ou alertas de que você precisa urgentemente cuidar do seu dinheiro.
Caso, após ler este artigo, sinta que sua vida financeira não está tão ruim assim, continue lendo, pois traremos um conteúdo bônus explicando porque, mesmo sem ser uma necessidade emergencial, é preciso aprender sobre educação financeira, caso queira decolar financeiramente.

Afinal, o que é educação financeira?
Educação financeira, como o nome indica, pressupõe aprender a gerir, com consciência e responsabilidade, o seu dinheiro, por meio de um conjunto de hábitos que o orientam para uma relação mais saudável com as suas finanças.

O objetivo da educação financeira é, basicamente, fazer com que você aprenda a administrar sua renda a fim de que você se torne cada vez mais próspero financeiramente, garantindo assim, chegar no final do mês com dinheiro sobrando.
E o que a educação financeira não é
Apesar de ser uma boa alternativa para quem está endividado, a educação financeira não pode ser considerada uma fórmula mágica para enriquecer e nem um método rápido de sair das dívidas, pois esse último só será alcançado com bastante esforço e comprometimento, dependendo apenas da sua dedicação em assumir novos hábitos.
Por isso, o conteúdo a seguir irá contar com algumas informações que podem ser essenciais. Talvez essa seja a maneira de clarear mais ainda sua mente, para que assim seja possível cuidar do seu dinheiro conscientemente.
5 - Você não tem um fundo de emergência
Caso você ainda não tenha acumulado uma boa quantia chamada de “fundo de emergência”, a sua situação financeira pode estar bem complicada e comprometida. Não possuir um fundo é ter a certeza de que, caso algum imprevisto aconteça, uma bola de neve será criada.

O fundo de emergência é uma reserva financeira para situações emergenciais, como:
- Perda de emprego;
- Problemas de saúde;
- Conserto do veículo;
- Consertos na casa;
- Problemas com eletrodomésticos;
- Viagens de última hora;
- E outras situações que não estavam programadas.
A recomendação dos especialistas, sobre o fundo de garantia, é calcular de 6 a 12 meses do custo de vida (o valor gasto ao longo do mês com alimentação e habitação, por exemplo) e deixar o valor reservado em algum fundo de investimento conservador, como poupança, tesouro direto ou CDI (garantido pelo FGC).
4 - Você parcela todas ou a maior parte das suas compras
Algumas vezes, parcelar parece ser a única alternativa. Entretanto, pode ser evitada ao seguir o conselho anterior: possua um fundo de emergência. Isso porque, ao adquirir um parcelamento, a pessoa está adquirindo uma dívida, que pode durar meses ou até anos.

Por isso, caso parcelar já tenha se tornado um hábito, tome cuidado, pois parcelamentos excessivos podem fugir rapidamente do seu controle por acúmulo dos mesmos ou até por conta do aumento da inflação - IPCA.
Para evitar problemas com parcelamentos, a recomendação dos especialistas é colocar no papel, de preferência, uma planilha de gastos, todas elas, anotando o valor total da despesa e o valor de cada parcela, além de categorizá-las em grupos como lazer, casa, educação, dentre outros.
Mas e se o preço parcelado for igual ao a vista
Ricardo Assaf, especialista em finanças pessoais, em entrevista ao portal Exame, diz que dividir é mais inteligente caso o preço for igual ao valor total parcelado. Entretanto, ele destaca que essa é uma opção válida desde que você se organize para pagar as parcelas em dia.
3 - Você costuma pagar suas contas em atraso
Seja por esquecimento de pagar ou por não ter a quantia exata de dinheiro no dia do vencimento da fatura, contas atrasadas são um grande problema na vida de quem deseja prosperar financeiramente. Isso porque, as multas e o acúmulo de juros vão sugando seu dinheiro aos poucos.

Inclusive, algumas fintechs encontraram uma maneira de incentivar seus clientes a pagar suas faturas em dia. O Nubank, por exemplo, oferece descontos aos usuários quando pagam as faturas do cartão antecipadamente.
Entretanto, é possível seguir algumas dicas para evitar atrasos nas compras, como, por exemplo, separar as contas por ordem de prioridade e organizá-las por data de vencimento. Além disso, a tecnologia pode ser uma boa pedida, como utilizar um serviço de gestão, como o Trello.
2 - Você está com o seu nome sujo
Provavelmente, se você está com seu nome sujo, já entende que isso é mais que um alerta de que você precisa urgentemente cuidar do seu dinheiro. Isso porque, se você está conhecido no SPC e Serasa, quer dizer que as dívidas já são parte da sua rotina.

Uma das recomendações para evitar ter o nome sujo, além de investir em educação financeira e em planejamento financeiro, é estar sempre atento às datas de vencimentos das faturas e, se possível, aderir ao “débito em conta” - recomendação do próprio Serasa.
Além disso, outra observação importante é estar sempre atento a essas páginas de score de crédito, pois é possível - acredite - que seu nome esteja lá sem nem você saber. Por isso, acesse os sites, como SPC e Serasa com certa frequência, e faça a busca pelo seu CPF.
1 - Você não aguenta mais cobranças
Geralmente, as ligações de cobrança constantes podem ser frequentes mesmo na vida de quem não está endividado, mas, caso você também seja cobrado pela família e até pelos seus amigos, a situação já é um pouco mais séria.

Agora, caso você não possua dívidas, mas mesmo assim vivem te telefonando para fazer cobranças, saiba que a lei está do seu lado. Nessa situação, entre em contato com a empresa e guarde o número de protocolo ou o e-mail enviado, bem como tudo que comprove o constrangimento.
Para evitar esse tipo de situação constrangedora, o CDC prevê, no artigo 42, o direito à indenização ao consumidor. Além disso, se o nome for negativado com conta paga, há direito à indenização, podendo receber até o dobro do valor, caso tenha feito o do valor indevido.
O que fazer caso tenha se identificado com uma ou mais situações
Se você se deparar com uma ou mais situações semelhantes às acima, a solução é começar a estudar um pouco mais sobre educação financeira. Isso, pois, quanto mais situações semelhantes à sua vida, maior é a urgência de você buscar soluções para suas condições financeiras.

Começar a estudar educação financeira o ajudará a desenvolver novos hábitos saudáveis, te ajudando a melhorar sua organização. Assim, aprenderá a fazer melhores escolhas e descobrirá as melhores maneiras de gastar, economizar e reorganizar suas finanças pessoais.
Por outro lado, mesmo sem ter se identificado com essas situações, talvez você ainda não esteja conseguindo enriquecer. O bloqueio para o sucesso financeiro também é um problema que pode ser resolvido por meio da educação financeira. Confira a seguir um conteúdo bônus para alavancar suas finanças.
Bônus - Educação financeira também exige saúde emocional
A inteligência emocional é a capacidade de administrar as próprias emoções e usá-las a seu favor, inclusive no âmbito financeiro. Isso porque, ao promover o equilíbrio financeiro, há garantia de uma relação mais positiva sobre os ganhos, além de influenciar a maneira como se gasta.

Isso porque pessoas mais estáveis emocionalmente tendem a ser mais coerentes, criar planos financeiros mais realistas e eficazes e, portanto, mais fáceis de seguir e gerenciar. Além disso, essa vertente evita desperdícios e gastos desnecessários, aumentando a otimização dos recursos disponíveis.
Comprador movido pela emoção
Em se tratando de finanças, a recomendação mais forte dos especialistas, seja para compradores ou investidores, é não lidar com o dinheiro sob influência das emoções. Isso porque, normalmente, esse tipo de comportamento motiva as compras por impulso, o que é negativo.
As melhores decisões financeiras devem ser estratégicas e razoáveis. Portanto, é fundamental ter inteligência emocional para poder identificar oportunidades de investimentos ou compras de menor ou maior valor.
Por isso, o controle das emoções pode estabelecer uma relação mais eficaz com o dinheiro, permitindo que seja gasto com sabedoria e consciência. Nesse sentido, conforme a economia cresce, é possível obter novos investimentos e ampliar o escopo de aplicação.
Vídeo - Saúde emocional para ter paz financeira
Neste vídeo, o palestrante Rodrigo Fonseca compartilha a importância de trabalhar a sua inteligência emocional quando o assunto é educação financeira. Isso porque, segundo ele, todos nós possuímos relação emocional com o dinheiro, o que pode nos levar a gastá-lo de forma mais correta ou incorretamente.
Leia também: Aprenda a usar a planilha para organizar suas finanças pessoais.
Lembre-se!
É necessária a adoção de um comportamento do consumidor que combine inteligência emocional e estratégias financeiras eficazes. Para atingir esse objetivo, ficou claro que, alguns dos principais pontos para melhorar a sua vida financeira, além de buscar conhecimentos sobre a educação financeira são:
- Ter o hábito de juntar dinheiro e pagar à vista;
- Estabelecer metas para não se desviar pelo caminho;
- Adotar um planejamento financeiro sólido;
- Revisar periodicamente suas finanças e seu CPF em sites de score de crédito.