Você sabia que o ouro branco é mais caro do que o ouro amarelo, certo? No entanto, pode ser que nunca tenha se perguntado o motivo disso antes. Talvez tenha a ver com a pureza delem, mas na verdade não. Isso porque ambos possuem 75% de ouro puro.
A resposta tem a ver com a combinação de outros metais preciosos que eles possuem. Por exemplo, o ouro amarelo tem 12,5% de prata e mais 12,5% de cobre. Enquanto isso, o ouro branco possui 25% de paládio, além do ouro puro. E nós vamos explicar isso e muito mais.
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Por que o ouro tem tanto valor
O ouro pode ser encontrado em várias partes do mundo. Por isso, não é a escassez de uma região que faz com que ele tenha mais valor. O metal nobre tem alto valor comercial porque é mais maleável, não oxida e deixa as peças dos joalheiros e artesãos únicas.
Sem falar que ele tem muito brilho e é atrativo desde a época dos egípcios.
Mas, o que explica mesmo o valor do ouro é o fato de que ele é maleável. Ou seja, ele pode ser combinado com várias outras ligas de materiais e isso é o que faz dele mais ou menos resistente, além de possibilitar mudanças de cores e composição.
A diferença entre os tipos de ouro
Antes de qualquer coisa, a gente tem que considerar que há uma diferença bem grande entre os diferentes tipos de ouro. Acima, bem lá na introdução, nós comentamos sobre a composição do ouro branco e amarelo. Mas, há ainda ouros rosé, negro, vermelho e verde.
É simples! A primeira coisa é saber que todos os ouros possuem 75% de pureza na sua composição. E é o restante da porcentagem que vai fazer a diferença no tipo de ouro. O verde tem cádmio, o negro tem cobalto, o brando tem o paládio e os outros tem prata ou cobre.
- Ouro Amarelo = 12,5% prata + 12,5% cobre;
- Ouro Rosé = 2,75% prata + 22,25% cobre;
- Ouro Verde = 15% prata + 6% cobre + 4% cádmio;
- Ouro Vermelho = 25% de cobre;
- Ouro Branco = 25% paládio;
- Ouro Negro = 25% de cobalto.
A gente trouxe uma tabela simples e rápida para você entender isso na prática. Então, considere que todos os ouros possuem 75% de ouro puro e mais uma variação de outros elementos, como está na tabela acima.
Os quilates do ouro
A partir dessa combinação que faz nascer os tipos de ouros fica mais fácil entender também o que são os quilates de ouros. Acima, você notou que todos possuem, ao menos, 75% de ouro puro, certo? Isso quer dizer que eles são 18 quilates.
Ou seja, ele possui 18 partes de ouro puro e outras 6 partes que vem de outros materiais. Logo, o único ouro que é totalmente puro é o de 24 quilates, que é o mais caro de todos. No Brasil, para ser de ouro, uma peça tem que ter ao menos 14 quilates.
Isso é explicado pelo fato de que se houver menos partes do que essas 14, o material pode oxidar. Nesse caso, ele perderia o seu título de “ouro”. O problema é que muita gente tenta falsificar a produção de peças de ouro e usam somente 12 quilates ou 10 quilates.
Os principais teores de ouro no mundo
Esse assunto é só para retomar o que já falamos até aqui. Mas, também serve como curiosidade. Porque se o ouro 24 quilates têm 100% (ou 99%) de pureza, como é que ficam os outros? É sobre isso que vamos falar agorinha.
Considere que o ouro 18 quilates têm 75% de ouro puro e 25% de outros materiais, como já falamos aqui. Depois, vem o de 16 quilates, que possui 66,6% de ouro. O de 14 quilates tem 58,3% de ouro. E o de 12 quilates tem metade de pureza, sendo 50%.
Esses são os percentuais comerciais, levando em conta que o de 18 quilates é o mais comum e o de 24 quilates o mais puro. E o aceitável é a partir de 14 quilates. Sabendo disso, vamos ao próximo tópico.
Os detalhes de cada tipo de ouro
A gente quer falar aqui também sobre para que servem ou como são usados cada tipo de ouro. Ou seja, apesar da diferença nos percentuais de pureza e também no valor final, será que cada tipo de ouro tem uma caraterística ou uso no mercado comercial?
Para responder essa pergunta, a gente criou pequenos tópicos, onde vamos detalhar um pouco mais sobre cada ouro. E, no fim, a gente também vai mencionar alguns valores para você ter uma ideia geral do quanto eles variam. Continue lendo.
Ouro Amarelo (12,5% prata + 12,5% cobre)
A cor amarelada do ouro é um grande atrativo para quem gosta de joias brilhantes. A combinação com pedras, como esmeraldas e safiras, torna a pessoa ainda mais rica. Hoje, o ouro é usado em vários mercados, especialmente, no de joias e alianças.
A composição dele é feita com prata e cobre, sendo que ambos são mais baratos. O ouro puro é usado até mesmo em computadores e motores, já que tem ótima condutividade elétrica e resistência à oxidação.
Ouro Rosé (2,75% prata + 22,25% cobre)
O ouro rosé ou o ouro rosa é um tipo de ouro que também conta com prata e cobre, só que em percentuais diferentes. A pessoa tem o tom rosado devido à mistura. Mas, é comum que tenha a mesma pureza de ouro do ouro branco e amarelo.
As alianças em ouro rosé é uma tendência no mercado de casamentos e no setor da joalheria. Em sites de grifes dá para encontrar peças como anel de ouro rosé 18 quilates com diamantes que custa mais do que R$ 7 mil.
Ouro Verde (15% prata + 6% cobre + 4% cádmio)
Muitas vezes, o ouro verde é chamado de electrum. É o nome da liga natural de ouro e prata que tem uma pequena porcentagem de outros materiais, como o cádmio. Curiosamente, o uso desse ouro se dá em vários mercados, ainda que de menor importância.
Por exemplo, dá para conseguir fazer joias e ornamentos com ele, assim como para fabricar moedas ou revestir pirâmides e obeliscos. As primeiras moedas cunhadas a electrum são de 350 a.C.
Ouro Vermelho (25% de cobre)
A composição do ouro vermelho é a mais simples, já que vem só da pureza e do cobre. Para quem entende mais do assunto, considere que o comportamento é de um elemento puro, com curva de solidificação em diferente patamar.
O uso do ouro vermelho é bem menos comum do que todos os outros que foram citados aqui. Ainda assim, dá para encontrar o uso dele em joias, como alianças e anéis. Na internet, vimos alianças anatômicas de ouro vermelho 18 quilates por R$ 2,5 mil. Ou pingentes por R$ 700.
Ouro Branco (25% paládio)
O ouro branco é uma liga que é composta por ouro puro e paládio. Em algumas pelas de joalheiros, ele também pode receber ligas de prata, níquel ou ródio, o que pode gerar uma peça incrível, dando mais brilho.
O paládio é uma das ligas que trazem toda diferença que o ouro branco tem. Tanto é que você poderá encontrar no mercado o que é chamado de ouro branco paladinado, que é um metal nobre muito valioso e chega a ser comparado com a platina.
O ouro branco é muito usado em joias, já que não causam irritação na pele. Porém, o custo de fabricação é um dos mais altos, já que tem elevados preços e altos pontos de fusão.
Ouro Negro (25% de cobalto)
Para a obtenção do ouro negro usa-se o cobalto. Há ainda alguns casos onde se aconselha o uso de uma fina camada de corante negro ao banho de ródio. Assim, a joia tem efeito negro ou cinza chumbo. Porém, não é uma prática recomendada para inexperientes.
Com referência ao cobalto, que compõem 25% do ouro negro, ele tem uma invejável importância comercial sendo que a demanda maior está na área da construção civil, já que é usado para fazer cerâmicas e tintas, além da medicina e da alimentação.
Curiosamente, ele faz parte da composição da vitamina B12. Porém, diferente do paládio, ele pode causar alergias em algumas pessoas.
Quanto custa cada tipo de ouro
Quando vamos comprar uma joia, a gente nem nota que uma pode ser mais cara do que a outra devido ao tipo de ouro que é usado. Isso porque além do tipo de ouro também conta o grau de pureza e a gramatura que é usada, certo?
Mas, para os mais curiosos, saiba que o ouro branco é mais caro do que o ouro amarelo, por exemplo, porque ele tem outro metal nobre incluído, que é o paládio. A grama do ouro amarelo é vendida a R$ 307 na média hoje e do ouro amarelo fica em mais de R$ 1 mil.