Taxa Selic se mantém em 2% pelo quarto ano seguido

Pelo quarto ano seguido a Taxa Selic se mantém nos 2% ao ano, e essa decisão foi confirmada na tarde da última quarta-feira (20), na cidade de São Paulo, onde aconteceu a reunião de deliberação do Comitê de Política Monetária (Copom).

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Apesar da inflação em crescimento, sobretudo de produtos alimentícios, a esperada manutenção da taxa básica, já especulada por analistas financeiros, se confirmou. Essa é a menor taxa aprovada em termos históricos.

Taxa Selic se mantém em 2% pelo quarto ano seguido
Fonte: (Reprodução/Internet)

De acordo com o que a priori foi indicado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a taxa deveria ser fixada em 4% em 2020, o que não se concretizou. A Selic é o principal índice de avaliação da inflação e o recurso utilizado pelo Banco Central (BC) para manter esta última sob controle.

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BC cumpre com o combinado

Em meio a divulgação da manutenção da taxa Selic em 2% ao ano, após nove cortes reiterados, os especialistas e investidores se mantiveram atentos para a ‘promessa’ do BC em manter a mesma, levando em consideração o atual cenário de inflação em alta.

Conforme o combinado, a prescrição futura do percentual Selic foi a mesma dos últimos quatro anos. O BC havia, a priori, se comprometido a não optar pela elevação dos juros diante das baixas expectativas de queda da inflação. No gráfico abaixo está exemplificado a série histórica da Taxa Selic.

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Taxa Selic se mantém em 2% pelo quarto ano seguido
Fonte: (Reprodução/G1)

Cenário brasileiro foi avaliado pelo Copom

Tomando todos os assuntos mais pertinentes com reflexo na economia brasileira, para orientação da decisão de manter a taxa Selic, a reunião do Copom não pôde deixar de mencionar o agravamento dos casos de infecção no país como em certo grau desolador para o setor.

Entretanto, com a entrada de novos estímulos fiscais em economias mundiais, em conjunto com o início efetivo das campanhas de vacinação, devem surtir impacto positivo e expectativa de recuperação pelo menos a médio prazo nas economias emergentes, onde se encaixa o Brasil.

Igualmente, considerando o aumento dos casos da doença, como novas variantes do vírus, ainda que o mercado tenha se reerguido com indicadores denominados ‘interessantes’, o cenário pode viver um revés diante da aceleração do ritmo da Covid-19.

Expectativas de inflação para os próximos anos

Mesmo com as diversas atitudes em torno da inflação subjacente, ela se manteve em níveis acima do intervalo compatível em relação ao que era previsto para cumprimento da meta.

De acordo com o Copom, a expectativa de inflação para os próximos três anos com base na Focus é de 3,4% (atual), 3,5% e uma queda em 3,25%. Mas as incertezas ainda são maiores, então também pode se pensar que esses indices fiquem abaixo do sugerido, caso se mantenha em ociosidade o setor de serviços.

Piora da trajetória fiscal no país?

O Brasil já enfrenta um cenário fiscal desintegrado, mas caso persistam políticas de cunho fiscal para conter a pandemia podem ter maiores repercussões na elevação de prêmios de risco. Além disso, o risco fiscal segue como maior indicador para que a inflação seja acima do insinuado pelas projeções.

Foi pela análise do risco fiscal, assim como por outros pontos já anteriormente citados neste artigo, que o Copom deu o aval por votos unânimes para manter a atual taxa Selic. Essa manutenção em proporção baixa tem como incentivo o barateamento do crédito, e consequentemente o aumento da produção e consumo. 

Leia também: Veja quais são todas as vantagens para você investir na taxa Selic.

References

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