A Walmart é uma das empresa mais conhecidas no varejo a nível mundial. A rede de supermercados é reconhecida por ser também uma das mais completas no segmento e por estar presente em todo o Brasil.
Entretanto, recentemente a companhia foi descoberta em um esquema de corrupção. A atitude criminosa aconteceu na China, no México, na Índia e no Brasil. As investigações começaram há alguns anos, mas apenas em 2019 ficou provado o esquema.
Foi em 2015 que o governo americano iniciou as investigações acerca do caso. Inicialmente, as suspeitas surgiram no México. De acordo com os investigadores designados para o caso, havia uma suspeita sobre uma negociação corrupta com um lobista mexicano.
Investigações mostram pagamento em troca de favores do governo
Na análise investigativa, supostamente, a rede de supermercados teria pago uma quantia no total de US$ 500 mil ao lobista. A manobra seria para que as negociações com o governo mexicano pudessem ser facilitadas.
Com o pagamento ilícito, a Walmart ainda conseguiu obter autorização e licença para realizar a construção de 150 lojas no país. Essas construções aconteceram entre 2002 a 2005.
A investigação estava sendo feita por dois órgãos americanos: a SEC e o FBI. Os órgãos equivalem a Receita Federal e Polícia Federal, respectivamente. Na época em que o esquema ficou em evidência, a Walmart se pronunciou e negou qualquer envolvimento com as atividades. Em nota, a rede de supermercados afirmou:
"Estar em conformidade com a Lei Americana sobre Práticas Anti-Corrupção no Exterior (FCPA) e outras leis anti-corrupção é uma prioridade-chave. Trabalhamos com especialistas em compliance de escritórios externos no suporte e treinamento à medida que continuamente revisamos e fortalecemos nossos programas em todo o mundo"
Brasil estaria envolvido
A medida que as investigações foram se desenvolvendo, suborno a funcionários de governos também foi descoberto em outros países além do México. A atividade se expandiu para Brasil, Índia e China.
Walmart é declarado corrupto pela investigação
Após anos de investigação, ficou definido que o esquema de corrupção realmente estava acontecendo. A atividade infringe a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA). Esta lei americana proíbe cidadãos americanos realizarem o pagamento de funcionários em outros países para a obtenção de contratos.
Nas investigações feitas pelo FBI, foi descoberto que tais pagamentos haviam sido feitos por terceiros. A atitude mascarou a manobra e atenuou a situação. Afinal, a legislação dos Estados Unidos exige que toda ação empresarial seja feita sob transparência contábil.
A Walmart, por sua vez, não fez o procedimento esperado pelo governo americano. A empresa acabou deixando de atender às exigências do país para investimentos exteriores. Portanto, ficou evidente que houve permissão da empresa para que os subornos fossem feitos.
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Nos quatro países emergentes, funcionários do governo receberam os pagamentos. Para Charles Cain, funcionário da SEC, a empresa americana “valorizou mais o crescimento e a redução de custos do que o cumprimento da lei”.
Governo estabelece pagamento de multa milionária
Com as conclusões do caso, a Walmart demonstrou reconhecer a atitude corrupta e concordou em fazer o pagamento da multa estabelecida pelo governo. O valor da penalidade foi de US$ 282 milhões.
