O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) apontou em estudo que são praticamente 5 meses de trabalho do ano apenas para o pagamento de impostos. A pesquisa mostrou que é um total de 41% de todo faturamento do brasileiro.
Os dados da pesquisa assustaram porque isso quer dizer que, até o dia 2 de junho deste ano, o brasileiro trabalhou apenas para pagar impostos. Nesse custo entram os impostos federais, estaduais e municipais.
A quantidade de meses de trabalho assusta visto que, em comparação a outros anos da história do Brasil, é possível ver que o menor gasto com impostos até o momento foi em 1988. Neste ano, foram apenas 73 dias de trabalho para os impostos.
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Apesar do dado, carga tributária do Brasil não é a maior do mundo
Durante 29 dias do ano, o faturamento brasileiro resultou no pagamento específico apenas do que a pesquisa chama de “mal uso das verbas públicas”. As informações apresentam um cenário chocante, mas revelam outro lado da historia.
O Brasil, apesar da informações, não possui a carga tributária mais alta do mundo. Na verdade, há alguns países que tomaram a liderança desse ranking nada agradável.
“Muitos países têm números semelhantes ou maiores do que os nossos. A diferença está na devolução do dinheiro, que deve ser pago em serviços à sociedade” afirmou Letícia do Amaral, advogada tributarista.
A Dinamarca tem uma das maiores cargas de impostos do mundo. Ao todo, no ano, o trabalhador de lá destina 176 dias para os impostos o que dá quase metade do ano. Já nos Estados Unidos, são 105 dias de trabalho para os impostos.
Imposto em contas de luz ganha destaque no Brasil
Os especialistas apontam que é preciso considerar custos altos dos brasileiros, como por exemplo, na conta de luz que é a 4ª mais alta do mundo (em termos tributários) entre 33 países, segundo pesquisa.
Estudo da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) mostrou que isso acontece em um país onde se tem uma abundância de energia, especialmente a renovável. Os países que estão na frente do Brasil nesse nichos são Dinamarca, Alemanha e Portugal.
“O governo atual tem ciência desse levantamento e que não dá para fazer a modicidade tarifária sem rever os dados. Colocamos isso para a nova equipe econômica também”, avaliou e informou o presidente da Abradee, Nelson Leite.
Outro ponto a se considerar não é apenas o pagamento dos impostos, mas sim o retorno que se tem sobre eles. No Brasil, há impostos para as várias esferas do governo e está sendo discutido uma unificação de impostos para produtos.