O deputado Samuel Moreira vai apresentar uma complementação de voto para ter mais mudanças no projeto da Reforma da Previdência na próxima terça-feira (2). Isso foi definido em grupo, após uma negociação com os líderes de vários partidos políticos.
A leitura estava marcada para o último dia 27, mas foi adiada. O motivo do adiamento foi o fato de que nem todos os estados e municípios estavam incluídos na reforma. Sobre a inclusão, há uma grande expectativa dos parlamentares de que todos estados entrem.
Após a leitura do texto, todos os deputados da comissão terão um tempo para apresentar as alterações e depois da apresentação a votação acontecerá. O que se espera é que isso tudo leve mais de um dia inteiro.
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Fonte: (Reprodução/Internet)
O possível atraso na aprovação da proposta
Para Rodrigo Maia, presidente da Casa, esse processo deve terminar até o fim de semana próximo. O ideal, para ele, é que nenhum destaque seja feita ao texto. Isso para que a votação não se atrase.
Maia afirmou que pretende manter o calendário e aprovar a Reforma da Previdência no plenário da Câmara antes de 18 de julho. Para quem não sabe, a data se refere ao recesso da Câmara.
Contudo, embora a certeza demonstrada pelo presidente da Câmara, existem deputados descrente como Marcelo Ramos (PL/AM), que tem considerado um outro possível adiamento do evento. “Acho que votamos essa semana, mas há risco de adiamento”, disse.
Bolsonaro incentiva aprovação prometendo emendas
Para evitar mais demora na aprovação, Jair Bolsonaro prometeu pagar R$ 20 milhões de emendas parlamentares a cada deputado que votar a favor da reforma até a apreciação da proposta.
Com base em um estudo do Siga Brasil, dos R$ 7,9 bilhões em emendas individuais autorizadas pelos deputados federais para 2019, apenas R$ 1 bilhão foi pago em emendas individuais, o que dá apenas 13,5% do todo.
Isso tudo porque o governo ainda não tem uma base consolidada no Parlamento, o que seria necessário para aprovar a proposta de interesse.
Manifestações contra a reforma acontecem todo o país
Mas, ainda que o adiamento tenha ocorrido por conta da inclusão dos estados, o que os especialistas políticos analisam é que as manifestações e a pressão da algumas carreiras foram o que adiou a última votação.
No último domingo, por exemplo, várias cidades do Brasil fizeram manifestações apoiando Sergio Moro e envolvendo outros temas. Isso tudo gera o que é chamado de “mal-estar no parlamento”.
Os eventos, de certa forma vão contra o governo e contra a reforma. Em ocasião, Paulo Guedes, vice presidente, também apareceu criticando parecer do texto, o que causou irritação na Câmara em especial no presidente da Casa.
Oposição busca apresentar obstrução na votação
Jandira Feghali (PCdoB/RJ), líder da minoria da Câmara, conta que a ideia é sim obstruir a votação, mas por motivos justificáveis segundo ela, como ter mais tempo para dar o voto complementar.
“A gente vai apresentar um requerimento adiando a votação porque precisamos de tempo para entender o voto novo, entender o conteúdo, as modificações feitas e divulgar isso para toda a sociedade” afirmou.