Facebook e Google são investigadas por antitruste

Algumas leis de regulação, são criadas visando sempre manter a ética no mercado. Um dos pontos que são abordados com mais força nessas legislações, é a concorrência leal em benefício dos consumidores.

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Neste contexto, uma investigação muito interessante está se desenvolvendo nos Estados Unidos neste momento. Mas, o mais impressionante é o alvo desta apuração do governo americano: duas empresas gigantes da tecnologia, Facebook e Google.

O antitruste é um tema que tem sido bastante discutido e ele regulamenta a conduta de companhias e empresas em relação a oferta dos seus produtos e serviços. O Facebook e o Google estão sendo analisados de maneira mais veemente e é esse assunto que vamos abordar.

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Google e Facebook
Foto: (reprodução/internet)

A violação da lei antitruste

Toda a concorrência no mercado americano é regulada pela chamada Lei Antitruste. Para resumir a legislação, podemos dizer que ela funciona como normas impostas pelo governo federal e estadual para regular a conduta das empresas. A intenção é fazer com que a concorrência existente entre as corporações seja ética e leal.

No entanto, o seu objetivo não é beneficiar apenas a classe empresarial no país, de modo que todos tenham espaço. Se o governo consegue manter um bom ambiente de concorrência em seu mercado, quem também sai ganhando é o consumidor.

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Afinal, se o freguês tem mais de uma opção de compra, os preços podem acabar se adequando à realidade de cada um. Neste contexto, parece que o posicionamento tomado por Google e Facebook nos últimos tempos não estão de acordo com aquilo que a legislação espera.

A crítica feita sobre essas duas empresas é de que ambas têm esmagado a concorrência nos últimos tempos, tudo isso de uma maneira irregular. Por exemplo, vamos falar sobre o caso do Facebook. A empresa de Mark Zuckerberg realizou a compra de duas grandes empresas em menos de 4 anos, sendo elas o WhatsApp e o Instagram.

Fonte: reprodução/internet

Ambas representavam um grande risco à permanência do Facebook em alta no mercado, por serem concorrentes fortes. A crítica feita sobre o Facebook, é que esta compra foi realizada justamente com a intenção de eliminar os concorrentes.

Além disso, foram feitos muitos investimentos para que os produtos oferecidos pelas outras marcas fossem copiados. Fora o fato de esta atitude não ser leal com o concorrente, reduz a opção de escolha do consumidor.

Google, Facebook e os dados pessoais

Nos últimos meses, muito se ouviu falar a respeito do recolhimento e vazamento de dados dos usuários das duas plataformas. Não é nenhuma novidade que essas informações pessoais que as empresas recolhem são de grande valia para as práticas comerciais, de modo que consigam aumentar a influência sobre o mercado.

Na última sexta-feira, 06 de setembro), Letitia James, procuradora-geral de Nova York, pontuou: "Estou iniciando uma investigação sobre o Facebook para determinar se suas ações colocam em perigo os dados dos consumidores, reduzem a qualidade das escolhas ou aumentam os preços dos anúncios”.

Inquérito em andamento

Quem está à frente deste inquérito é o estado de Nova York. No entanto, após este posicionamento, outros sete estados se juntaram ao grupo: Flórida, Colorado, Nebraska, Iowa, Ohio, Carolina do Norte e Tennessee. Também está presente o distrito federal de Columbia.

A impressão é que com a negligência das autoridades federais sobre este assunto, os estados começaram a agir por conta própria. Com isso, é possível que as punições sobre essas empresas sejam mais severas.

Exemplo disso são as críticas feitas sobre multas aplicadas sobre Facebook e Google há pouco tempo. Respectivamente, as empresas teriam de pagar US$ 5 bilhões e US$ 170 milhões, valores que foram considerados pequenos pelos defensores dos direitos dos consumidores.