O sonho da casa própria é um dos mais comuns no Brasil. Afinal, quem é que não quer ter um cantinho para chamar de seu, né? No entanto, também podemos dizer que é um dos bens mais caros e, por isso, exige um bom investimento financeiro.
Quando isso não é possível, o brasileiro costuma buscar alternativas no mercado. Hoje, uma das principais é o empréstimo para comprar imóveis. Esse empréstimo é chamado de financiamento, já que permite uma compra de longo prazo, financiada.
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Nesse post você vai conferir esses conteúdos:
- Como funciona o financiamento para a compra de imóveis;
- Será que o empréstimo pessoal vale a pena?;
- Quais são os requisitos para pedir crédito;
- Como simular o financiamento.
O financiamento para comprar imóveis
A primeira coisa é entender que quase todos os bancos possuem o financiamento para a compra de imóveis. Os prazos, as taxas e as condições podem variar bastante. O máximo é de 360 meses. Ou seja, dá para pagar o empréstimo em 30 anos ou mais.
Ainda como regra geral, os bancos costumam exigir um valor de entrada, que representa, ao menos, 10% sobre o valor integral da casa ou do apartamento. Por exemplo, uma casa de R$ 200 mil exigiria uma aplicação inicial de R$ 20 mil no financiamento.
Outra coisa bacana de saber é que atualmente a modalidade usada pelos bancos é uma que diz que o cliente só será dono do imóvel, de fato, quando terminar de pagar as prestações que deve. Ou seja, no fim do prazo contratado, que pode ser de longos anos.
Empréstimo pessoal para comprar imóvel
Antes de prosseguir com o texto, é importante a gente falar sobre o uso do empréstimo pessoal para esse tipo de compra. Afinal, será que ele é possível? É sim. No entanto, as condições são bem diferentes e, dificilmente, serão boas para você. A gente explica.
O empréstimo pessoal, quase sempre, tem um limite de crédito muito menor e um tempo para pagar que é menor também. O que quer dizer que não é bom para o longo prazo, como para quem quer comprar uma casa e pagar em vários anos.
Então, você poderia ter acesso a R$ 30 mil para pagar em 36 meses, por exemplo. Possivelmente, isso não permitiria a compra de um imóvel, né? Por outro lado, pode ser uma ideia para quem quer apenas completar o que falta de um pagamento à vista.
Quando o empréstimo para imóveis vale a pena
Voltando ao tema do financiamento imobiliário, que é a opção mais acessível do mercado para quem quer comprar uma casa ou apartamento e pagar parceladamente, vamos ver agora algumas dicas para saber se essa opção é viável para você.
A se começar pelo fato de que ainda que tenha o nome de “financiamento”, trata-se de um “empréstimo”. O que quer dizer que você terá que arcar com as taxas, as parcelas, as condições e até mesmo passar em uma análise de crédito feita pelo banco.
E para saber se o empréstimo vale a pena para você, o ideal é pensar na sua realidade, nas finanças, no imóvel, nas condições. Assim, vamos explicar mais detalhadamente cada um desses tópicos, abaixo.
Como está sua situação financeira atual?
Antes de tudo, o que você tem que fazer é avaliar a sua atuação situação financeira. E isso é bem mais fácil do que parece ser. Por exemplo, você tem dívidas no seu nome? Tem um orçamento muito comprometido? Está desempregado? Pergunte-se tudo isso.
A ideia é que com essa visão geral sobre a sua realidade você possa ter melhores condições de entender se o financiamento vai se encaixar na sua vida ou não. Até mesmo porque ele não vai envolver apenas as parcelas, mas também outros gastos que vem junto com o contrato.
Se há uma boa resposta para essa situação atual, a gente poderia dizer que é aquela onde a pessoa não tem dívidas e tem uma reserva guardada para os imprevistos. Nesse caso, além de ser mais fácil organizar o orçamento, você não precisaria fazer novas dívidas.
A necessidade da compra do imóvel
O próximo ponto importante é sobre avaliar a real necessidade da compra de uma casa. Logo, a gente precisa considerar se é um sonho, uma vontade ou uma necessidade. Inclusive, isso não quer dizer que tenha uma resposta certa. Mas, essa simples reflexão pode dizer muito a você.
Por exemplo, se você está morando em uma cidade para estudar, mas não pretende ficar lá pelo resto da vida, pode ser que comprar um imóvel lá não seja tão interessante assim. Agora, se você pensa em casar, ter filhos e um lugar para aconchegar todos pode ser uma boa ideia.
Como falamos antes, a verdade é que não é resposta única e certa para todos. No entanto, entender sobre a necessidade de ter o seu próprio canto pode dizer muito. Até mesmo porque hoje em dia morar de aluguel também é uma possibilidade bacana.
A avaliação do imóvel
Mas, vamos considerar que você veja uma real necessidade em comprar uma casa nova. Tudo bem. Nesse caso, o próximo passo que vem é sobre avaliar o imóvel que você quer comprar. Ele está pronto ou na planta? Casa ou apartamento? Na cidade ou longe do centro?
É sobre isso tipo de avaliação que estamos falando, sendo que após isso considerar o imóvel físico, propriamente dito, também é interessante. Portanto, leve em conta saber se aquele imóvel é novo, antigo, se teve problemas, se está em leilão e se está em um bairro bom.
Ou seja, jamais deve-se comprar um produto, ainda que seja uma casa, sem fazer uma avaliação criteriosa sobre ele. No caso da casa, inclusive, isso é ainda mais importante porque podem existir problemas escondidos lá que você só vai notar depois.
O tipo de compra e pagamento
Segundo essa espécie de passo a passo, agora vem a parte do tipo de compra e do pagamento que você vai escolher. Falamos um pouco disso acima, quando consideramos a questão do financiamento e do empréstimo, certo?
Então, saiba que casas na planta costumam ser mais acessíveis do ponto de vista da facilidade. Assim, a pessoa tem mais tempo para pagar a entrada, que pode ser parcelada e ainda tem um tempo para se organizar para quando for morar no imóvel.
Por outro lado, sempre que existir a possibilidade de fazer o pagamento à vista, considere que essa será a melhor opção porque você evita impostos, encargos e juros. Mas, sempre que não for possível, existe a chance dos empréstimos bancários também.
Os requisitos para o financiamento
Vamos supor que você não tenha todo dinheiro para fazer a compra à vista. Então, pense no financiamento de casas. Você já viu que vai precisar da entrada, certo? Só que além de ter esse valor, considere que você terá que passar por uma análise de crédito também.
Essa análise vai dizer se você tem capacidade real para fazer aquele contrato financeiro. Ou seja, os bancos, como é o caso da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, fazem uma grande pesquisa sobre o seu comportamento financeiro.
E acabam encontrando informações desde a dívida que você possui até mesmo o comprometimento da renda. Por isso, avaliar a possibilidade de fazer uma compra em conjunto com outra pessoa também pode ser legal. Falaremos disso abaixo.
A simulação do financiamento
Um dos passos mais importantes que você terá ao fazer um pedido de financiamento para comprar uma casa é a simulação. Isso porque ela vai permitir que você conheça tudo sobre o empréstimo que está prestes a assinar.
Ou seja, você fica sabendo qual o valor que o banco vai emprestar a você, do valor e da quantidade das parcelas, da taxa de juros mensal e anual, dos impostos que afetam as parcelas e de tudo mais que é importante de saber.
É por isso que jamais, em hipótese alguma, deve-se fazer um contrato sem simular as condições. No caso do financiamento de imóveis, a boa notícia é que isso é possível de ser feito até mesmo pela internet, sem cadastro. A Caixa tem um simulador online que faz isso.
As condições gerais e finais do contrato
Como falamos no penúltimo tópico até aqui, saiba que você tem a chance de fazer um contrato junto com outra pessoa, mesmo que não seja casado ainda. Isso pode ser vantajoso porque permite a comprovação de uma renda maior.
No entanto, leve em conta que não é regra. Dependendo das suas condições você poderá fazer a compra sozinho ou somente no seu nome. O que importa é que você considere de fato as condições reais daquela compra, o tempo, os juros e tudo mais que será importante.
Até mesmo porque não dá para negar que um contrato financeiro tão longo vai exigir muito da sua dedicação financeira, seja para juntar o valor das prestações ou mesmo para pagar os impostos anuais e ainda estar atento para o caso de imprevistos.
A resposta final para a compra de uma casa
Se você leu todos os tópicos até aqui, ótimo. Com certeza, você tem uma boa noção sobre o financiamento imobiliário e sabe se ele serve para você. De todo modo, se ficou alguma dúvida, leia de novo cada um dos tópicos.
Afinal de contas, muito mais do que assinar um papel, o sonho da casa própria exige muita dedicação e educação financeira por parte dos interessados. E somente buscando esse conhecimento é que se tem certeza sobre a boa escolha.