Em pesquisa com base em informações públicas de várias companhias aéreas como Azul, Gol e Latam, o Jornal O Povo mostrou por meio de simulação que as passagens em julho, período de férias, variam de forma absurda.
A simulação partiu de Fortaleza e seguiu até destinos variados como: São Paulo, Recife, Salvador, Porto Alegre, Rio de janeiro e Manaus. O resultado foi que em julho a variação é de 242%.
O número assusta mesmo que a variação já seja esperada. Uma das justificativa parece ser a saída da Avianca do mercado. A falta de concorrência com o bloqueio dos vôos da companhia agitou os preços de outras companhias.
Passagem para Salvador passa de R$ 2 mil
O tíquete aéreo de ida e volta para Salvador apresentou o valor máximo de R$ 2,3 mil na Azul enquanto teve um valor mínimo de R$ 674 na Gol. Isso considerando a partir no dia 1º de julho e a volta 7 dias depois.
Já no Ceará, a história é um pouco diferente. Isso porque a expectativa é totalmente positiva para o turismo internacional. Arialdo Pinho, secretário de turismo entrevistado pelo Jonal O Povo, diz que o hub aéreo da Air France (KLM/GOL) tem ocupação de 90% do todo.
“Existe a preocupação de que os valores aumentem, só que o mercado vai acomodar a demanda da Avianca. A comercializou no mês já tem valores acima do normal. No entanto, até o fim do período, o mercado vai absorver a demanda vinda da Avianca” afirmou.
Variações de outras cidades
A pesquisa foi feita no dia 14 de junho nos sites das companhias e apontou diferenças entre as cidades, confira abaixo:
- Manaus teve variação de 87% no preço das passagens, sendo que a mais barata ficou em R$ 1,1 mil pela Gol;
- Já para Porto Alegre, a variação foi menor, de 39%. O valor mais baixo também é da Gol, custando R$ 1,7 mil;
- Recife teve variação de 70%, o que também significa economia para quem compra da Latam com o valor é de R$ 526. enquanto o pacote mais caro é na Azul, por R$ 895.
Saída da Avianca sobe os preços
Arialdo também falou que a malha aérea do Brasil tem menos 40 aviões com a saída da Avianca. Hoje, as operações da companhia estão suspensas por conta de uma decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Para o engenheiro aeronáutico Adalberto Febeliano, a concorrência é necessária para baratear o valor das passagens. Enquanto isso não acontecer, os valores para destinos específicos vão continuar mais caros do que o normal praticado quando a Avianca atuava.
A saída é pesquisar para economizar, porém é preciso adiantar que o consumidor vai pagar valores mais caros graças a menor quantidade de investimentos. Outro fator que será influenciado por essa saída é a lotação dos vôos.
