No contexto econômico, existem alguns fatores que acabam favorecendo o aumento no número de investimentos. Afinal, para aplicar com sabedoria e precisão é necessário aguardar um cenário que seja positivo neste sentido.
Um exemplo, são os últimos dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, mais conhecida como ANP. De acordo com a instituição, os preços competitivos para o etanol estão influenciando novos investimentos na região de Minas Gerais.
O Etanol geralmente tem um desempenho fraco no início do ano, por conta da entressafra da cana-de-açúcar. Esse é o destaque para o produto que está tendo um comportamento atípico, gerando resultados positivos para a economia.
Volume de etanol consumido surpreende
O volume de etanol hidratado consumido no mês de junho em 2019 chega a ser impressionante. Apenas neste período, 246,4 milhões de litros foram adquiridos em Minas, número este que indica um aumento de 26,48% comparando a junho do último ano.
Agora, quando analisamos em uma perspectiva semestral, a quantidade em litros é bem maior. Durante esses 6 meses, o volume chegou a quase 1,50 bilhão de litros, causando um crescimento de 52,1% em relação ao primeiro semestre de 2018.
Para continuar atendendo a esta alta demanda, é preciso correr para conseguir entregar uma oferta ainda maior. Por isso, estão acontecendo novos investimentos lá em Minas Gerais. Por isso, já para a próxima colheita, duas usinas na região serão reativadas.
Expectativas para o futuro do Etanol
Nos anos que ainda estão por vir, a expectativa é que a safra da cana de açúcar apresente um crescimento bem considerável. Atualmente, estão sendo colhidas 65 milhões de toneladas, mas essa quantidade chegará aos 80 milhões facilmente.
Como os preços no mercado de combustíveis está bastante competitivo, o etanol está sendo mais requisitado do que o normal. Portanto, a tendência é que este crescimento realmente tenha vindo para ficar.
Mário Campos, que é o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais, falou um pouco em entrevista a respeito dos números obtidos no segmento.
“A tendência é de crescimento da safra de cana nos próximos anos, passando das atuais 65 milhões de toneladas para 80 milhões de toneladas. De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, os preços mais competitivos têm estimulado o consumo do biocombustível.”
Aumento significativo da produção
Além do consumo, foi possível observar um leve aumento na produção da própria cana de açúcar neste ano. As 36 toneladas colhidas desde o início do ano até julho representam um crescimento de 3% em relação a este período no ano passado.
Portanto, os investimentos neste setor são realmente necessários. As operações já estão expandindo para isso, Campos comenta:
“Hoje, não temos esta capacidade de moer, mas teríamos fábricas de etanol e açúcar para consolidar esses investimentos para os próximos anos. Temos, hoje, uma flexibilidade muito grande de fábrica. Hoje conseguimos trabalhar com um mix de 65% para etanol, mas já tivemos mix de 50%. Daqui a um tempo, poderemos utilizar a capacidade total de açúcar junto com a capacidade de etanol”
Para esta safra, 2019/20, a pretensão é que a indústria consiga esmagar 65 milhões de toneladas de cana. Deste total previsto, já foram processados 55,48%. Em paralelo a todo este desenvolvimento, está a diminuição da produção acumulada, a qual foi 7% menor em relação a 2018.
A safra deste período está sendo mais alcooleira. Isso porque 64% de toda cana de açúcar está sendo aplicada na produção do etanol. No último ano, a dedicação da cana para esta produção era 4% menor.
