Empresa de Eike Batista tem falência decretada

Entre os anos de 2010 e 2012 o oitavo homem mais rico do mundo era um brasileiro. Eike Batista, que na época chegou a acumular uma fortuna que variava entre 27 e 34,5 bilhões de dólares, está vivendo um mau momento em sua história.

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Após vários episódios conturbados, hoje foi decretada a falência da MMX Mineradora, companhia que foi criada pelo empresário em 2015. A decisão foi tomada pela 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro.

Além da questão da falência do empresário, os processos que pesam contra ele reforçam essa questão financeira. O fato é que ele passa de um homem respeitado e bem sucedido, para o suspeito de vários crimes.

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Fonte: reprodução/internet

A falência da MMX

Há cinco anos, a MMX Mineradora apresentou um pedido de recuperação judicial, devido às complicações existentes já naquela época. Em julho deste ano, foi realizada uma votação geral para a solicitação da empresa e a quantidade de votos foi favorável ao pedido.

Diante disso, a companhia emitiu um comunicado falando um pouco sobre a decisão da Vara Empresarial. Na nota, a MMX diz que ainda não recebeu nenhuma intimada de decisão formalmente e que nem mesmo estava esperando por isso.

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Logo, foi evidenciado pela empresa que a informação ainda não é definitiva, além de que pretende entrar com um recurso. Neste cenário, a mineradora garante que quaisquer atualizações serão devidamente informadas ao mercado e aos seus acionistas.

Sobre o real cenário

O magistrado discorreu brevemente acerca do tal plano de recuperação que foi apresentado pela companhia. De acordo com a decisão, quem aprovou o plano foram as classes I e IV de credores, por unanimidade. Mas, em contrapartida, os credores da classe III não estiveram de acordo.

Apesar de a quantidade de classes favoráveis ter sido superior, a classe III é justamente aquela que representa o equivalente a 99% do total da dívida. Por isso, não houve outra saída a não ser decretar a falência de fato.

Determinação do juiz

O juiz responsável pela 4ª Vara é Paulo Assed Estefan, ele assinou a decisão que atinge tanto a MMX Mineração e Metálicos S.A quanto a sua subsidiária, a MMX Corumbá Mineração S.A..

“Ficam suspensas todas as ações e execuções contra o falido, com a ressalva das ações que demandarem quantia ilíquida, as quais prosseguirão no juízo no qual tiverem em trâmite”

Para a administração judicial da companhia, Paulo Estefan permitiu a continuidade do escritório Marcello Macedo Advogados. Na sentença, ficou estabelecido:

“Determino a continuidade das atividades da falida que sejam capazes de trazer recursos à massa e/ou otimizar a realização dos ativos, inclusive com prevenção à deterioração, devendo o administrador judicial trazer aos autos relatório circunstanciado acerca disso”

A prisão de Eike Batista

Há poucos dias, o ex-bilionário foi preso novamente. A primeira vez que isso aconteceu foi há 2 anos, em janeiro de 2017. No entanto, com o desenrolar da Lava Jato, o nome de Eike Batista apareceu mais uma vez em investigações.

A ordem de prisão veio quando seis indivíduos envolvidos na operação Segredo de Minas, fizeram uma delação. Entre essas pessoas, estava o banqueiro Eduardo Plass. Mas, apesar do ocorrido, Eike Batista foi solto em menos de 48h após decisão do TRF-2.

A história da prisão do empresário foi mundialmente noticiada, uma vez que ele já chegou a ser um dos homens mais ricos do mundo.