Apesar de crescer devido à desvalorização da moeda nacional, as exportações atraem bastante moeda estrangeira para o país. Neste contexto, o Brasil terminou o ano de 2018 como o principal exportador de carne bovina do mundo.
No entanto, o início deste ano não foi muito bom para as vendas no comércio estrangeiro apresentando uma queda significativa. A redução aconteceu tanto em volume como em receita.
Porém, segundo um apuramento realizado pela Abiec, a situação parece estar se normalizando. No primeiro semestre, o crescimento apresentado para as exportações foi de 20%. A produção de bovinos de cortes é um dos pontos mais marcantes da produção do Brasil, atraindo a atenção de muitos investidores.
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Exportação de bovinos volta ao normal
A Associação Brasileira da Indústrias Exportadoras de Carne traz boas notícias para as empresas que atuam no segmento. A perspectiva para as exportações de carne bovina in natura melhorou, com avanço de 20,1%. Esse crescimento pôde ser obtido quando realizada a comparação com o mesmo período do ano passado.
No total do semestre, foram exportadas cerca de 982 mil toneladas de carne. Os dados analisados pela Abiec foram disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior, a Secex. A Secex, por sua vez, atua vinculada ao Ministério da Economia.
No ciclo de janeiro a julho de 2019, o aumento percentual no acumulado foi de 11,6%. Essa taxa implica em uma quantia de 3,73 bilhões de dólares. Analisando o cliente asiático, a China, o crescimento em volume das vendas foi de 10,9%.
Os chineses realizaram a compra de quase 175 mil toneladas. O país é considerado o maior consumidor da carne bovina brasileira no estrangeiro. Durante o mês passado, foram enviadas 155,65 mil toneladas de carnes para outros países, trazendo uma receita de 615 milhões de dólares para o país.
De julho, até aqui, foi o mês que apresentou o melhor desempenho deste ano. Antônio Jorge Camardelli, que é o presidente da Abiec, comenta:
"Os resultados são positivos e vão de encontro com as projeções de crescimento nas exportações brasileiras, feitas no início do ano."
Carne de frango ainda é mais requisitada
Apesar do bom desempenho, a carne bovina ainda fica atrás da carne de frango no ranking de produtos mais exportados. Analisando também este primeiro semestre, o valor acumulado pelo segmento foi de 3.690 milhões de dólares. A quantia refletiu em um crescimento de 12,5%.
A variação do volume embarcado também foi positiva em 5%, com 2.266.484 toneladas durante o período. Esse desempenho exemplar consolida a proteína como quinto produto mais exportado de acordo com o Ranking das Exportações Totais. Agora, para o ranking das exportações de produtos básicos, a carne de frango está na quarta posição.
Assim como no segmento das bovinas, a China é o país que mais compra a carne de frango brasileira. Juntamente com Hong Kong, as potências receberam 22,7% da proteína que foi exportada no semestre.
Devido aos acontecimentos de peste suína africana, o governo chinês tem preferido optar por outras alternativas de carne. Com isso, o aumento registrado de embarques da proteína para o país foi de 40%.
Na sequência está a Arábia Saudita, recebendo 13% das exportações. Logo depois estão os Emirados Árabes e Coreia do Sul, com 9,8% e 3,5%, respectivamente.