Existem várias alternativas para poder realizar investimentos. Entre as opções, cada uma apresenta suas características e benefícios específicos. Enquanto alguns são mais seguros, outros demonstram ser mais rentáveis.
Pela complexidade, os investimentos acabam sendo uma opção apenas de grandes corporações. De acordo com um levantamento realizado recentemente, atualmente existem mais pessoas físicas se arriscando em investimentos.
Só neste ano, já foram observados cerca de 3 trilhões de reais investidos por essa classe de brasileiros. Isso é um número positivo porque representa o interesse vindo por pessoas que não pensavam no assunto.
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Investimentos estão sendo mais frequentes
A informação foi divulgada pela Associação Brasileira das Entidades Financeiras. A pesquisa feita pela instituição indica que o valor acumulado com os investimentos de pessoas físicas é 5% maior do que em dezembro. Dos R$ 3 trilhões acumulados, foi verificado que os aportes ficam em:
- R$ 1,176 bilhão vem dos qualificados como Private Banking;
- R$ 968,7 milhões são oriundos do segmento alta renda,
- O varejo tradicional, ficou com R$ 912,7 milhões.
Entre esses segmentos de investimento, apenas um apresentou queda de volume. A diminuição de 4,8%, foi observada quando comparado ao último mês do ano passado. Já os outros dois, têm um crescimento bem considerável na comparação. O setor de alta renda cresceu 11%, enquanto o Private rendeu 8,8%.
As aplicações realizadas em fundos de investimentos pelo varejo e pelo segmento de alta renda correspondem a R$ 626 milhões. O valor também indica um crescimento, de 5,1% no período. Já para investimentos em títulos e valores mobiliários, foram destinados cerca de R$525,6 milhões. A quantia apresenta um aumento percentual de 4,2%.
Poupança ainda é a preferência
No entanto, após analisar os destinos de costume das aplicações, a maior parte ainda fica na poupança. Nessa categoria, estão investidos 729 milhões de reais. Contrapondo com o valor aplicado desta maneira no ano passado, não existem muitas diferenças.
A preferência pela poupança também está presente na categoria de investidores do varejo tradicional. No segmento, 67,1% do volume total está aplicado em poupanças. Porém, a realidade não é a mesma para o varejo de alta renda, o qual tem apenas 12,1% do capital investido na modalidade.
Para o setor mais próspero, o Private, a exposição em renda variável foi maior. No período analisado foi apresentada uma alta de 17,4%. O valor percentual indica R$ 172,7 milhões em volume, o qual foi registrado no término de junho.
Para os fundos de investimentos foram destinados R$ 590 milhões, sendo R$ 278 milhões bens de renda fixa e outros R$ 125,9 milhões alocados na previdência.
O aumento também aconteceu na Bolsa de Valores
Parece que investir está se tornando uma tendência entre os brasileiros. Depois de oito anos, o número de CPF cadastrados na Bolsa de Valores voltou a ser 20% do total de investidores. Esse volume de compra e venda de ações foi analisado no mês passado.
Só em 2019, já existem cerca de um milhão de pessoas físicas em atividades da Bolsa brasileira, o que faz uma marca histórica. Não é possível afirmar com precisão qual é a quantidade presente porque 5% do total possui mais de uma conta.
A saída dos estrangeiros também contribuiu para que o percentual aumentasse. Antes, eles representavam 47,2%, porém houve uma queda para 43,7%. Victor Cândido, que é sócio e economista-chefe da Journey Capital afirma:
“O estrangeiro tem saído desde a segunda metade de 2018, que foi o primeiro ano que tivemos mais saída de fluxo do exterior do que entrada, devido a uma grande incerteza com as eleições”.