A Max Milhas é uma das maiores agências de viagens virtuais do país. A empresa garante que já chegou a negociar 7 bilhões de pontos de milhas em um único ano. Os especialistas estimam que a movimentação em 2018, no todo, foi de 245 bilhões.
O assunto se tornou viável ainda mais agora, com a crise e saída da Avianca do mercado, o que aumentou os preços das passagens aéreas no país. Como viajar de avião está mais caro, a troca de pontos e milhas se torna uma alternativa econômica.
Max Oliveira, presidente da Max Milhas, concorda que os programas de fidelidade vêm crescendo no Brasil. Para ele, há um movimento das pessoas começando a perceber que aquele dinheiro parado pode ser uma renda extra.
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Milhas aéreas atraem pela economia
Foi assim que pensou Winie Ribeiro, engenharia civil que notou o aumento dos preços das passagens em 35%. Como exemplo, ela apontou que já passou por situações em que uma passagem para Maceió custava R$ 2,5 mil e decidiu tentar utilizar milhas para economizar.
A cliente entrou em contato com uma agência de viagens virtuais e dos R$ 2,5 mil, afirma ter pagado apenas R$ 1,4 mil pela passagem, uma economia de mais de R$ 1 mil em uma única passagem aérea.
Como funcionam as agências virtuais de milhas
As agências de viagens virtuais fazem comercialização das milhas aéreas e das passagens aéreas e funcionam de forma simples: uma pessoa que tem milhas e não vai usar pode vendê-las ao site.
Em seguida, a agência virtual usa as milhas para emitir passagens aéreas mais baratas para terceiros. Esse se tornou um bom caminho para quem quer ganhar dinheiro vendendo, comprando e também para as agências, já que ganham comissões.
A polêmica da venda de milhas
Contudo, o que os especialistas recomendam é tomar cuidado. Isso porque a venda de milhas é de certa forma proibida pelos programas de pontos. Já para Max, isso se trata de um assunto a ser resolvido, já que é novo para muita gente.
“Com a inovação rápida, a gente fica com certas dúvidas mas, é um mercado legal. Não tem uma lei que proíba. E alguns programas não tem contratos adaptados, da forma que você pode fazer o que quiser com seus pontos”.
Bianca Caetano é advogada e especialista em defesa do consumidor, e afirma que realmente nenhuma lei proíbe a comercialização de milhas aéreas, mas menciona há riscos:
“O consumidor vai passar informações confidenciais, como senhas do programa de fidelidade. Aí, a gente não sabe, exatamente, quem vai ter acesso à isso. O que é um risco”, diz a advogada.