No primeiro trimestre deste ano, os portais de economia se assustaram com o declínio que a Cielo apresentou. Com um lucro líquido de 548,5 milhões de reais, a maior empresa de meios eletrônicos de pagamento do país teve uma queda de 45% no período.
Na sequência, o segundo trimestre não teve a recuperação esperada, com R$ 431 milhões de lucro líquido. No entanto, parece que esses números recentes não estão assustando a empresa.
Ontem, o presidente da Cielo falou sobre a possibilidade da empresa não contar apenas com as famosas maquininhas. Nos planos da Cielo, existe o planejamento de ser feita a estruturação de um banco próprio.
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Os números do segundo trimestre para a Cielo
A recuperação esperada para a empresa no segundo trimestre não aconteceu. Com um total de R$ 431,2 milhões de lucro líquido, a Cielo apresentou um declínio percentual de 33,3% comparando ao mesmo período em 2018.
O encolhimento da receita, em 4,4% para R$ 2,8 bilhões, aconteceu mesmo com o crescimento de outros índices. O volume financeiro gerado pelas máquinas de cartão teve um aumento de 8,9%.
Além disso, a base de clientes também apresentou evolução significativa, de 14,4%. Uma das justificativas apresentadas pela empresa foi que os números estão refletindo a adequação da precificação em face da intensificação do ambiente competitivo.
Dados analisados
Em uma perspectiva anual, o resultado apurado pelo Ebitda (que é o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) indica uma queda muito grande. No total, foram R$ 748,7 milhões, o que significa um recuo de 34,7% em comparação a 2018.
Todos esses números apresentados para o primeiro semestre deste ano, ficaram abaixo da expectativa de especialistas da área. Por exemplo, para o segundo trimestre o lucro esperado era de R$ 492 milhões.
Já para o comparativo anual, a previsão era na faixa de R$ 901,5 milhões. Porém, mesmo com esses resultados, a Cielo tem planos muito grandes para o futuro.
Abertura de um banco próprio está na pauta
Ontem, o presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, comentou que futuramente a empresa pretende abrir um banco. De acordo com o presidente, para que a manobra aconteça é apenas questão de tempo.
“O comportamento, ao longo do tempo, tem de ser de autonomia para atuar de forma competitiva neste mercado. As adquirentes (empresas que capturam transações do cartão) estão montando bancos e estrutura de financiamento”
Enquanto o negócio não evolui para uma instituição financeira mais bem estruturada, a Cielo faz testes de uma linha de crédito. O potencial do chamado “crédito fumaça” é de cerca de 1 bilhão de reais em 1 ano.
Este formato de empréstimo é disponibilizado de acordo com o fluxo de pagamento que os clientes ainda têm a receber. Para a iniciativa, a Cielo já liberou R$ 40 milhões, porém o crédito segue em fase de testes.
Além dos grandes projetos, a Cielo segue atuando fortemente no segmento de microempreendedores. Portanto, na próxima semana será apresentada uma nova maquininha, que atenderá especialmente esses empresários, a Cielo Mini Zip.