A Cielo hoje em dia é a maior processadora de pagamento do país, sendo controlada por um grupo formado pelo Bradesco e Banco do Brasil. Ela vinha perdendo espaço para as suas concorrentes maquininhas de cartões, mas recentemente criou uma novidade.
Agora, um novo anúncio da empresa mostrou que a companhia está disposta a dar vantagens aos clientes. Isso tudo para evitar perdê-los para o mercado concorrente.
O principal motivo que levou essa virada de jogo da Cielo foi quando a Rede tornou a taxa de antecipação de recebíveis totalmente zero. A Rede é hoje uma das principais empresas concorrentes da Cielo.
Rede corta taxa e Cielo reage
Em resumo, a Rede disse que não cobraria mais nada dos empresários que fizessem a antecipação do dinheiro recebido e isso é, sem dúvidas, uma vantagem e tanto para o mercado.
Em resposta à Rede, a Cielo lançou uma série de novas vantagens de empréstimo para quem tiver a máquina de cartão da marca. Uma delas é o fato de que o cliente vai ser dono da maquininha após 3 meses de uso do valor mínimo de R$ 1,6 mil no crédito ou R$ 4 mil no débito – em cada mês.
Outro benefício que foi lançado no mercado é a diminuição para o repasse ao lojista das compras feitas com o cartão. Agora há uma redução em 2 dias a cobrança de taxas de 1,99% no débito, 4,99% no crédito e 5,99% no parcelado.
Palavra do presidente
Após a publicação das mudanças e da adição dessas vantagens para os lojistas que usam a máquina de cartão, o presidente se pronunciou.
“Queremos que o comerciante saiba exatamente quanto está pagando no final. Estamos focando nessa comparação de custos” afirmou Paulo Ceffarelli.
O comunicado foi feito junto com analistas e jornalistas e o presidente disse que a empresa saiu da "mentalidade de rentabilidade" para focar na participação de mercado visando aumentar o número de clientes.
Cielo tem mais de um milhão de clientes
Entre janeiro e março deste ano, a Cielo teve uma queda de 40% no lucro líquido na comparação com o primeiro trimestre de 2018. O valor chegou a R$ 548,5 milhões. Por outro lado, ao que tudo indica, nem tudo está tão ruim assim.
Pela primeira vez nos últimos 2 anos, a base de clientes da companhia cresceu. O aumento do número de clientes foi de 6%, o que é muito significativo para o mercado de máquinas de cartão. Agora, a empresa tem mais de 1,2 milhão de lojistas ativos.
Concorrência segue apertada
O que fica claro após o breve anuncio da Cielo é que ela está sim preocupada com a concorrência. Em vários dos últimos anos, a empresa foi a líder de vendas no mercado de máquinas de cartões.
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Agora, a concorrência apertou e diminuiu as margens. O resultado é visto até mesmo na Bolsa de Valores: queda de mais de 1% no dia 22 de maio deste ano. No dia, a ação foi cotada à R$ 8,26.