Joaquim Levy está na mídia nacional há bastante tempo. Agora, mais recentemente, ele apareceu de novo, mas foi em um comentário do presidente Jair Bolsonaro, que disse estar “por aqui” com Levy.
O motivo é que o presidente quer cumprir, de todas as formas, a promessa da sua campanha presidencial. A campanha citada, diz respeito à abertura da Caixa Preta do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
O motivo para que isso aconteça, para Bolsonaro, tem a ver com as possíveis irregularidades nas operações do banco nacional público durante os governos anteriores. Uma das supostas ilegalidades pode estar nos empreendimentos no exterior ou empréstimos à JBS.
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Cenário de desconfiança e mal estar no governo
A promessa da campanha presidencial de Bolsonaro aconteceu em novembro de 2018. Época em que o presidente afirmou que “a Caixa Preta vai ser aberta na primeira semana do nosso governo”.
Atualmente, várias suspeitas do BNDES já estão sendo analisadas pelo Ministério Público. Mais tarde, o presidente Bolsonaro também falou sobre o descontentamento com Levy acerca da convocação de Marcos Pinto para ser diretor do BNDESPar.
O BNDESPar é uma empresa de participações em ações do banco, focada no Mercado de Capitais. A chamada gera desconfiança pelo fato de Marcos Pinto ser “gente suspeita”. Otávio Barros, que é porta-voz da presidência, confirmou o fato.
Barros comunicou que o presidente da República tem a percepção de que, algumas pessoas do governo poderiam colocar o país em uma "situação de catástrofe”.
Situação provocou a saída de Levy
Junto com os comentários de Bolsonaro estavam também as irritações apresentadas publicamente por Paulo Guedes, Ministro da Economia. Para ele, Levy não estava de acordo com o repasse de recursos do BNDES para a União.
O anúncio da demissão aconteceu no último dia 14, quando Bolsonaro fez o comunicado. O motivo é que, para Bolsonaro, o general Juarez Aparecido Cunha está agindo como um “sindicalista”.
Com a saída de Levy, o engenheiro Gustavo Montezano assumiu o posto. Atualmente, ele é secretário especial da Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia e ficou conhecido por ser o ex-sócio do banco BTG Pactual.
Gustavo Montezano assume o órgão
Montezano tem 38 anos e também trabalhou em Londres, no setor de commodities. Sua formação é na área de engenharia mecânica, sendo graduado pelo Instituto Militar de Engenharia.
O início da carreira se deu no cargo de analista de private equity no banco Opportunity. Para Bolsonaro, o motivo da chamada de Montezano tem a ver com os objetivos dele, que estão alinhados com os ideais do governo.
Logo após pedir demissão do cargo de presidente do BNDES, Joaquim foi chamado para depor na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara dos Deputados.
Bolsonaro menciona privatização dos Correios
Outro assunto que foi pautado nos últimos dias tem a ver com a privatização dos Correios. Jair Bolsonaro afirmou que o governo já deu sinal positivo para tal privatização, mas mesmo com os comentários do presidente, a medida tem que ser aprovada pelo Congresso Nacional.
O assunto foi trazido em cena quando Bolsonaro foi interrogado sobre o novo presidente da estatal, que ainda não foi definido:
“Tem alguns nomes aparecendo para a privatização. Logico que quem assumir vai cumprir o papel” afirmou.