Nesta quarta-feira, uma notícia animou a classe de investidores que agora estão com boas expectativas para os próximos dias. O Comitê de Política Monetária, mais conhecido como Copom está analisando se fará o corte da taxa básica de juros brasileira.
A animação dos investidores se deve ao fato de que, com a possível redução seja iniciado um ciclo de relaxamento monetário. Essa expectativa é baseada nos rendimentos de contratos futuros da taxa DI.
A diminuição de juros pode significar uma vantagem muito grande para aqueles que desejam investir ou dar uma equilibrada nos gastos fixos que mais sofrem com as taxações.
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Banco Central auxiliará empresas domésticas com a redução
Para janeiro de 2020, a taxa DI está em 5,58%. Já na taxa de juros atual oficial, esse percentual está em 6,5%. A situação desses rendimentos chama a atenção de três analistas de uma famosa entidade.
Guilherme Paiva, Cesar Medina e Juan Ayala são analistas do Morgan Stanley, banco multinacional de investimentos. Eles redigiram um relatório para colocar em evidência as ações que mais gozarão de benefícios com uma redução da Selic. O trio aponta para uma previsão importante:
"No curto prazo, o começo de um novo ciclo de flexibilização monetária deve beneficiar as ações voltadas para o mercado doméstico, especialmente empresas com maior alavancagem financeira e necessidades de financiamento em geral."
Empresas com o perfil que se encaixam nesse contexto
- OI (OIBR3), Marfrig (MRFG3), Light (LIGT3);
- Cyrela (CYRE3), CVC (CVCB3), Cemig (CMIG4);
- BRF (BRFS3), AES Tietê (TIET11);
- Grupo Pão de Açúcar ( PCAR4), Iguatemi (IGTA3);
- JBS (JBSS3), Anima (ANIM3), Iochpe Maxion (MYPK3);
- Marisa Lojas (AMAR3) e Atento, que é listada apenas nas bolsas americanas.
Classe C será a mais próspera nos próximos anos
Algumas dessas empresas ainda podem contar com o retorno do bom consumo realizado pela Classe C. Aliás, essa é a classe que mais será mais enriquecida com a oferta de novos empregos entre 2020 e 2021. O possível aceleramento no crescimento da economia também favorecerá a categoria.
O relatório emitido afirma que “historicamente, consumo e investimento têm se beneficiado das taxas de juros mais baixas e da aceleração no crescimento do crédito”. Esse alargamento do crédito acontecerá devido ao afrouxamento na política monetária que deve ser aquecido no quarto semestre.
O estímulo econômico que a redução nos juros irá causar não é o único benefício dessa novidade. A Bolsa de Valores também será muito favorecida. Afinal, com juros menores, a atratividade da renda fixa também diminui. Portanto, isso levará o investidor a ser mais ousado e buscar um maior risco para conseguir retornos maiores.