Carlos Alberto dos Santos Cruz é o general que estava à frente da Secretaria de Governo da Presidência da República. A notícia que fez gerar oscilações no mercado financeiro se deve à troca do general por outro, Luiz Eduardo Ramos.
Agora, Santos Cruz entrou para a lista de auxiliares do atual presidente da república Jair Bolsonaro a deixar os seus cargos. Segundo especulações, o motivo seria uma eventual pressão política.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a pressão também fica clara no embate político e vem do grupo do escrito Olavo de Carvalho e também do atual vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente.

Demissão de Santa Cruz acontece com troca de elogios
A demissão de Santos Cruz aconteceu no último dia 13. Santos Cruz estava envolvido em várias crises com os filhos de Jair Bolsonaro e também tinha embate com Olavo de Carvalho.
Assim, Santos Cruz acabou sendo comunicado da demissão durante uma reunião com Augusto Heleno, ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Em carta, o general agradeceu Bolsonaro e desejou saúde, felicidade e sucesso ao presidente.
Bolsonaro afirmou que ele está em seu coração. O fato vem seguindo uma trajetória já conhecida de demissões e saídas de secretários do seu governo, o que aconteceu com Gustavo Bebianno e Ricardo Vélez Rodríguez.
Com o novo secretário, Bolsonaro tem à sua disposição uma ala formada por militares, que tem na sua base nomes já conhecidos, como o vice-presidente Hamilton Mourão e os generais Otávio Barros e Floriano Peixoto.
Luiz Eduardo assume o cargo de secretário
O novo secretário do governo é chefe do comando militar do Sudeste desde meados de 2018. Ele ficou conhecido após comandar a missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti entre os anos de 2011 e 2012.
Em abril deste ano, o presidente falou sobre Ramos durante um evento dizendo que ambos são amigos desde 1973 da Escola Preparatória de Cadetes do Exército. Portanto, seria uma figura conhecida e de confiança de Bolsonaro.
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Demissão gera oscilação no mercado financeiro
No que diz respeito à agenda econômica do país, a Reforma da Previdência vai continuar em tramitação, como está, no Congresso Nacional. A Reforma gera otimismo em todo mercado financeiro, inclusive, do ponto de vista dos investidores.
Já do ponto de vista dos juros futuros, há mudanças. Conforme foi informado ao mercado na manhã do dia 14 de junho, os juros futuros, dentro da Bolsa de valores, passaram a operar em alta. Essa alteração teve como um dos impulsionadores o assunto de Santos Cruz.
Já o IBC-Br do mês de abril teve queda de 0,47% se comparado com março. O resultado representa uma queda de 0,1% no que acreditavam as estimativas. Mas, não foi só Santos Cruz que influenciou esses dados.
Economia da China influencia a Taxa DI
A queda da economia chinesa também influenciou, já que o país asiático nunca teve uma produção industrial tão fraca desde 2002. Na soma desses temas, entra outros fatores importantes a serem avaliados no mercado financeiro.
Como por exemplo a queda da Taxa DI que estava em 6,05% para 2021, sendo que no último ajuste houve uma média de 6,07%. Esses percentuais deduzem ainda mais as oscilações do mercado nos últimos tempos.